Quem não tem cão…
O Za’atar é uma erva aromática do médio oriente da família da manjerona (Majorana syriaca ou Origanum syriacum), muito utilizada no Líbano e países próximos. Mas também é o nome de uma mistura pronta a usar que combina essa e outras ervas secas com sementes de sésamo e sumagre.
Ora o sumagre ( Rhus coriaria L.) embora não seja muito conhecido na nossa culinária era muito utilizado pelos Romanos antes do aparecimento dos limões na europa e já teve os seus tempos áureos na região de Trás-os-Montes e Alto Douro há uns séculos atrás. Não tanto pelo seu potencial culinário mas sim enquanto tintura para peles.
Foi em tempos um comércio mais valioso no nosso país do que o da vinha e ainda existe em lugares como S. João da Pesqueira, Vila Flôr e Foz-Coa.
Como eu não tenho nem za’atar nem sumagre, lá consegui dar a volta com algumas indicações lidas por aí: substituí a erva por tomilho, ao que parece tem um travo parecido e o sumagre foi substituído por sal aromatizado com raspa de limão, que eu tinha feito há uns tempos (e que é óptimo para temperar saladas).
Frango com Za’atar (à minha moda)
4 colheres de sopa de sementes de sésamo
1 colher de sopa de tomilho seco
Sal fino aromatizado com raspa de limão
2 peitos de frango
Sumo de limão
sal
azeite
Tostar as sementes de sésamo numa frigideira, com cuidado para não queimarem. Depois de frias misturam-se num almofariz com as folhas secas de tomilho e o sal aromatizado com raspa de limão. Esmaga-se com o pilão de modo a ficar um pós solto mas com algumas sementes de sésamo visíveis.
Temperar o frango (cortado em bifes) com sumo de limão e sal e fritar em pouco azeite.
Servir os bifes de frango polvilhados com o za’atar.
Nota: se sobrar za’atar, pode ser guardado num frasco por uma ou duas semanas