Pavlova take #2
A primeira vez que tentei fazer uma Pavlova foi em 2010 e não correu nada bem. Treze anos depois aqui está uma nova tentativa, esta muito mais em linha com o que uma Pavlova deve ser (na realidade são claras batidas em castelo com açúcar...)
Não fazer confusões, a Pavlova não é a mulher do Pavlov embora haja quem possa ser treinado em reflexos condicionados com a visão de uma Pavlova. Eu não. Posso já dizer que apesar de não ter desgostado não é coisa que me faça salivar, à semelhança de outras sobremesas com claras como o Molotof ou os suspiros. Têm ar a mais e eu sou pela sustança.
Embora a Pavlova seja considerada uma sobremesa inventada por um cozinheiro na Nova Zelândia para homenagear a bailarina russa Anna Pavlova em 1926 quando fez um périplo pela Nova Zelândia e Austrália, este país também clama ser sua a invenção desta sobremesa. É a sobremesa de eleição nas mesas de Natal destes dois países. Guerras de propriedade à parte parece que afinal nenhum deles pode vangloriar-se pois existem registos de sobremesas parecidas com a Pavlova em mil oitocentos e carqueja na Alemanha.
Seja como for, só se chama Pavlova porque uma bailarina russa andou a saltitar pela Oceânia e alguém lhe quis dedicar um doce. Se fosse a mim, seria bolo de maçã na certa!
Pavlova de Frutos Vermelhos
5 claras à temperatura ambiente (cerca de 160 grs)
200 grs de açúcar
2 colheres de chá de farinha Maizena
1 colher de chá de vinagre de sidra
200 grs de natas para bater
Frutos vermelhos e maracujá q.b.
Açúcar em pó para polvilhar
Misturar o açúcar com a farinha maizena.
Bater as claras e adicionar em colheradas a mistura de açúcar e maizena. De seguida adicionar o vingre e continuar a bater até formar um merengue brilhante, no todo estiveram a bater cerca de dez minutos.
Deitar o merengue no tabuleiro forrado com papel vegetal formando um círculo com cerca de vinte centímetros e tentando deixar as laterais um pouco mais altas. Levar a forno quente a 120ºC (o meu não tem medidor e deixei-o no mínimo calor possive - mais mínimo e apagava...) e deixar cozer por uma hora e quinze minutos SEM NUNCA ABRIR A PORTA DO FORNO! (desculpem os berros mas esta parte é mesmo importante).
Desligar o forno (sem abrir a porta) e deixar a pavlova lá dentro por umas horas ou, de preferência, até ao dia seguinte.
Bater as natas em chantilly. Não acrescentei açúcar porque tudo o resto já é doce que chegue mas se quiserem podem pôr cinquenta gramas nas natas antes de bater.
Deitar o chantilly na pavlova e por cima dispôr frutos vermelhos e a polpa do maracujá. Polvilhar com açúcar em pó e servir.
Nota: usei claras daquelas vendidas em pacote