dos neurónios...
Dizem que o intestino é o segundo cérebro e que este contém cerca de 100 milhões de neurónios.
São muito neurónios que precisam de nutrição e podem ser ajudados quando ingerimos alimentos probióticos, normalmente alimentos fermentados que criam bactérias das boas que nos ajudam a digerir a comida e a absorver os nutrientes de que necessitamos para o nosso bem-estar.
Existem várias comidas fermentadas nas prateleiras dos supermercados, desde a chucrute ao kefir passando pelo vinagre de cidra mas o mais certo é que passemos por elas sem lhes dar o devido crédito.
Alguns destes alimentos fermentados podem ser feitos em casa, assim podemos controlar melhor a qualidade dos ingredientes e no meu caso ajuda também a gastar alguma produção da horta.
Já costumava fazer Kefir, Picles e mesmo Kombucha (este vai dar um post um destes dias) e agora experimentei outra variante de chucrute. Não custam nada a fazer e trazem imensos benefícios para a nossa saúde, entre os quais:
- Ajudam ao funcionamento da flora intestinal;
- Promovem uma melhor absorção dos nutrientes;
- Ajudam a reduzir as inflamações intestinais;
- São fáceis de digerir;
- Ajudam a regular o transito intestinal;
A receita para esta couve encontrei-a no Green Kitchen Stories, que é um blog que promove uma alimentação saudável com receitas cheias de cor e muito apelativas, como é o caso desta.
Couve Fermentada com Curcuma
2 couves coração-de-boi
3 cenouras
1 colher de sopa de gengibre fresco ralado
1 colher de sopa de curcuma em pó (açafrão das Índias)
1 colher de chá de sementes de cominho negro (Nigella sativa)
1 colher de chá de sementes de erva-doce
2 colheres de sopa rasas de sal dos Himalaias (ou sal marinho)
Retirar duas folhas da couve e reservar.
O restante corta-se em tiras com a largura de um dedo. As cenouras lavam-se e ralam-se. Misturam-se os ingredientes numa taça e com as mãos mexem-se e massajam-se por uns dez minutos de modo a que larguem bastante líquido (umas luvas descartáveis dão jeito para que as mãos não fiquem todas amarelas, ou então junta-se a curcuma apenas no fim).
Põe-se a mistura numa frasco grande esterilizado carregando de modo a que fique bem compacto e com o líquido formado a tapar os vegetais. Por cima põem-se as folhas inteiras, estas vão prevenir a oxidação.
Tapa-se o frasco com uma tampa e deixa-se em lugar seco por duas a quatro semanas. Os vegetais têm tendência a expandir e criar gás pelo que de quando em quando convém abrir o frasco e com uma colher de pau empurrar os vegetais para baixo de modo a que fiquem novamente submersos. O cheiro desta mistura deve ser agradável (não cheia a azedo).
Quando for para usar, retiram-se as folhas que estão a tapar e descartam-se. O frasco guarda-se então no frigorífico e vai-se tirando a couve fermentada à medida que for necessária para acompanhamento de refeições.
Notas:
os vegetais utilizados devem ser de agricultura biológica e sem pesticidas
podem ser usadas outras misturas: bolbos de funcho, beterraba, nabos, couve-roxa, etc.