das memórias gustativas
Está visto que este ano as minhas visitas à Galiza se ficam pelas memórias e pela saudade.
Eu sei que as fronteiras abrem dia 1 de Julho, até parece presente de aniversário logo nesse dia, só que não.
Acho que não vou arriscar nem visitas de um dia nem de vários como é costume quase todos os anos (por esta altura já lá tinha ido duas ou três vezes!).
Por isso só me resta matar saudades das comidas de lá que adoro.
Uma delas é o ‘Polbo a Feira’ que se come em todas as feiras, ali mesmo no meio das tendas, sem nenhum tipo de salamaleques, apenas boa comida e boa disposição.
Não pode ser mais fácil de fazer, é cozer polvo e batatas (cachelos na Galiza) e temperar com pimentão e azeite. Muito azeite!
Polvo à Feira
1 polvo com cerca de 1 kg
3 batatas
Sal grosso
Pimentão em pó (doce ou picante ou mistura dos dois)
Azeite extra virgem
Para cozer o polvo à moda de lá: pôr bastante água num tacho e deixar levantar fervura. Pegar no polvo e mergulhar por três vezes na água. Depois deixá-lo no tacho tapado até levantar fervura e contar 20 ou 25 minutos até que esteja cozido.
Entretanto noutro tacho cozer as batatas com a pele, depois de cozidas retirar a pele e cortar em rodelas.
Verificar com a ponta de uma faca se o polvo está já com textura a gosto, não se quer rijo mas também não se quer a desfazer. Depois de cozido retirar do tacho e cortar em rodelas com uma tesoura.
Pôr num prato as batatas em rodelas e por cima o polvo. Salpicar com sal grosso e pimentão a gosto. Deitar azeite por cima de modo a formar uma pocinha no fundo do prato que é para depois ensopar pão
Nota: dizem que esta cozedura faz com que o polvo não perca a pele e é verdade que quando o cozo na panela de pressão fica todo esfolado