à Poveira
Nunca comi destas rabanadas mas fiquei curiosa quando uma amiga me disse como as fazia. Nada de cacetes para cortar às fatias, aqui usam-se pães: pão trigo, carcaça, bijou, molete, seja qual for o nome em cada zona do país.
O segredo é deixá-los estar até ficarem rijos como cornos e depois descascá-los com uma faca (de serrilha é melhor), como se estivéssemos a tirar a casca a uma peça de fruta. Deixei os meus pães cinco dias dentro de uma saca de pano e mais rijos não podiam estar. A seguir foi fazer como me mandaram.
Rabanadas Poveiras
8 pães
800 ml de leite
150 grs de açúcar
1 pau de canela
Casca fina de um limão
3 gemas
Óleo de girassol para fritar
Açúcar e canela para polvilhar
Com uma faca de serrilha retirar a casca ao pão (aproveitar para triturar e fazer pão ralado).
Misturar o leite com o açúcar e as gemas, adicionar o pau de canela e a casca de limão e aquecer quase até ferver. Deitar numa taça e mal esteja com uma temperatura aceitável para lhe pôr as mãos, mergulhar os pães de modo a que fiquem ensopados, um a um, ajudando com as mãos a moldar no feitio de uma bola.
Preferi fazer em metades porque de outro modo as rabanadas ficavam muito grandes - tipo bolas de ténis.
Aquecer o óleo numa caçarola de maneira a ficar com três dedos de altura e fritar cada bola até que fiquem douradas por todo. Retirar para um papel absorvente e depois passar para um prato de servir, polvilhando abundantemente com açúcar e canela.
Há quem as sirva com doce de ovos, não é a minha praia.