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Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Qui | 24.05.12

parece arroz de chocolate...

Este é um dos clássicos da cozinha tradicional portuguesa (e dos menos fotogénicos…). Se tivesse que escolher a minha última refeição, este era sem dúvida o prato principal.

A maneira como o faço é a maneira como vi ao longo de anos este prato ser preparado pela minha Mãe, sempre com frangos, galos ou galinhas criados lá em casa e que eu tinha que ajudar a ‘preparar’, ou seja, assistir à matança e depenar os bichos.

Actualmente é muito raro conseguir galo caseiro e quando acontece é um festim! Agradeço à minha vizinha que faz o favor de o ‘preparar’ e o entrega prontinho a usar e com a malguinha de sangue a acompanhar.

 

Cabidela de Galo Caseiro

 

 

750 grs de galo caseiro cortado em pedaços

1 cebola grande

Azeite q.b.

3 dentes de alho

1 folha de louro

1 ramo de salsa

150 ml de vinho branco

Caldo de aves ou água

Sal

Arroz carolino

2 dl de sangue misturado com vinagre

 

Amolecer a cebola picadinha no azeite e quando estiver transparente junta-se o dente de alhos picados e a folha de louro (retirar o veio central). Juntar a carne cortada em bocados pequenos e deixar alourar, virando para que aloure de todos os lados. Adicionar o vinho branco e deixar evaporar. Juntar a salsa num ramo, temperar com sal e ir juntando caldo ou água aos poucos para que a carne coza sem estar mergulhada em líquido.

Ao fim de perto de uma hora (atenção que o verdadeiro galo do campo tem a carne rija, não é igual ao que se compra no supermercado) a refogar, sempre a juntar líquido de quando em quando, junta-se o líquido para cozer o arroz, normalmente num rácio de três a quatro copos de líquido para um de arroz carolino. Previamente pode retirar-se o louro e a salsa.

Quando ferver mistura-se o arroz e mexe-se. Deixa-se cozer até estar no ponto desejado tendo o cuidado de ter sempre algum líquido para não secar. Quando o arroz estiver cozido, mistura-se o sangue e mexe-se rapidamente. Não se deve deixar ferver novamente após se ter adicionado o sangue.

Servir de imediato e verificar se é necessário mais vinagre no prato. Há quem não goste deste arroz muito avinagrado, outros pelo contrário preferem-no tão ácido que até faz lágrimas.

 

Notas:

Usei como líquido para este arroz uma água onde cozi os miúdos do frango (patas, moela, fígado, coração e pontas das asas)

O sangue foi misturado com vinagre e vinho branco para não ser tão ácido

 

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