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Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Sex | 31.10.25

Dia de bruxas

 

Para quem quiser aproveitar a tarde (que parece vir a ser tenebrosa) de volta do forno, aqui fica uma sugestão de broinhas de mel, que normalmente são apreciadas por esta época do Dia de Todos os Santos.

E se derem umas quantas misturadas com as gomas e outras porcarias doçarias que esta noite vão ser distribuídas às mãos-cheias, talvez os pais agradeçam 

 

Broas de Mel e Canela

 

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150 grs de açúcar amarelo

2 ovos

100 grs de mel

100 grs de azeite

500 grs de farinha de trigo

1 colher de chá de fermento em pó

1 colher de sopa de canela em pó

 

Aquecer o mel e o azeite (pode ser no microondas). Reservar.

Numa taça misturar o açúcar amarelo com os ovos e adicionar o mel e azeite. De seguida juntar a farinha, o fermento e a canela. Mexer bem com as mãos ou na batedeira.

Moldar pequenas bolas e colocar em tabuleiros forrados com papel vegetal. Levar a forno quente por cerca de 12 a 15 minutos. Retirar e colocar numa rede para arrefecer. 

Guardar em latas ou outros recipientes com tampa.

 

Qua | 29.10.25

Couliquê?

 

O Coubiliac de Salmão é um prato de origem russa embora tenha sido divulgado na europa pelo francês Auguste Escoffier. O prato resume-se a varios ingredientes colocados em camada e envoltos em massa folhada, muito ao estilo do Bife Wellington.

Embora a maneira mais tradicional seja feita com salmão, arroz, cogumelos, ovos cozidos e massa folhada, há quem substitua os cogumelos por espinafres ou omita os ovos (que foi o meu caso, o prato jé é bem rico sem levar ovos cozidos).

A primeira vez que vi uma receita de Coulibiac de Salmão foi há mais de trinta anos mas só agora me dei ao trabalho de a fazer. Sinceramente pensava que era muito mais complicado e trabalhoso, o tipo de comida que a minha mãe dizia que era 'muito justificada'. Mas na realidade é super simples e faz um brilharete em qualquer mesa.

Atrevam-se!

 

Coulibiac de Salmão

 

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1 colher de sopa de azeite

1 colher de sopa de mostarda

Raspa de 1/2 limão

1 raminho de aneto (ou salsa)

2 lombos de salmão sem peles nem espinhas

2 colheres de sopa de azeite

1 cebola pequena

200 grs de cogumelos picados grosseiramente

Sal e pimenta preta q.b.

1 tigela de arroz cozido

Massa folhada rectangular

1 gema de ovo batida para pincelar

 

Numa tacinha misturar a colher de sopa de azeite, mostarda, raspa de limão e aneto picado. Pincelar de ambos os lados dos lombos de salmão e reservar.

Alourar o restante azeite numa frigideira e amolecer a cebola, Juntar os cogumelos e temperar com sal e pimenta a gosto. Mexer e deixar por uns dez minutos em lume forte, tendo o cuidado de mexer de vez em quando para não pegar. Reservar.

Estender a massa folhada (vamos preparar os ingredientes apenas em metade da massa, a outra metade vai tapar tudo no fim). Colocar o arroz na base da massa, por cima os cogumelos salteados com a cebola e sobre os cogumelos colocar os lombos de salmão. Tapar com a restante massa folhada e dobrar as pontas a toda a volta. Com uma faca grande fazer marcas ao viés para ficar como losangos mas sem furar a massa. Pincelar com a gema de ovo batido e levar a forno médio por meia hora.

Retirar do forno e servir com uma salada de alface, abacate, malagueta e cebola roxa.

 

Seg | 27.10.25

finalmente

 

Pronto! Agora é que é gastei os últimos tomates cherry que, mesmo quando já estamos a ficar saturados deles, não param de dar.

Tive que arrancar os pés que ainda estavam na horta porque precisava do espaço para as nabiças e ervilhas de quebrar e esta é a melhor maneira de gastar o resto, principalmente quando ainda há tomates maduros e outros verdes mas já não queremos esperar que estes amadureçam. Vai tudo assar e fica um belo petisco.

Lembro-me de que antigamente a minha mãe arrancava os últimos pés destes tomates e os pendurava numa arrecadação, para que amadurecessem e aguentassem pelo outono fora sem se estragarem. Também guardei alguns pés desta forma, vamos a ver se a minha memória não me atraiçoou e afinal acabam todos podres...

 

 

Tomates Cherry Assados com Pimento

 

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2 mãos-cheias de tomates cherry 

1/2 pimento vermelho

3 dentes de alho

1 fio de azeite

Sal, Pimenta preta e Orégãos q.b.

 

Colocar os tomatitos soltos ou na rama numa pequena assadeira e juntar tiras de pimento. Picar os dentes de alho e salpicar sobre os tomates e pimento. Temperar com sal, pimenta e orégãos a gosto e por cima deitar um fio bem generoso de azeite.

Levar a forno quente e deixar assar por cerca de meia hora.

Servir como acompanhamento ou com tostas. O molho é imperdível!

 

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Sex | 24.10.25

ora abóboras!

 

Esta é a altura de começar a gastar abóboras, que têm o seu ponto alto no fim do mês com o Halloween e depois mais lá para o Natal, com toda a doçaria que roda à sua volta.

Para não despediçarem as abóboras que vão retalhar para fazer bonecos assustadores, deixo aqui uma sugestão de um cheesecake ligeiro que fica muito bom.

Aproveito para relembrar que devemos aproveitar as abóboras, já que não perdem a sua utilidade mal se apagam as velas que vão arder lá dentro.

Podemos congelar em bocados, crua, ou, para aproveitar melhor o espaço do congelador ou arca, cozer primeiro, escorrer e depois congelar em porções para fazer bolos, cheesecakes, panquecas ou o que mais agradar.

 

Cheesecake de Abóbora

 

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200 grs de queijo-creme

200 grs de iogurte grego

200 grs de abóbora cozida e escorrida

100 grs de açúcar

2 colheres de sopa de farinha

4 ovos

1 colher de chá de extracto de baunilha

 

Triturar todos os ingredientes e deitar numa forma forrada com papel vegetal. Levar ao forno por cerca de de quarenta e cinco minutos a uma hora. Depois de cozido desligar o forno e deixar arrefecer dentro do forno com a porta entreaberta (vai baixar mas é mesmo assim). De seguida levar ao frigorífico e deixar por umas horas ou até ao dia seguinte.

 

Qui | 23.10.25

Tesourinhos

 

Retorno a receitas antigas. Esta, bem a par com o tempo outonal, é um conforto.

 

Creme de Espinafres

 

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1 cebola cortada em quartos

1 batata doce cortada em rodelas grossas

1 curgete pequena com a casca cortada em rodelas grossas

1 nabo pequeno cortado em quartos

2 batatas cortadas em quartos

2 mãos-cheias de espinafres

Sal q.b.

Azeite q.b.

750 ml de água a ferver

 

No fundo da panela põe-se o azeite e de seguida os restantes ingredientes, excepto os espinafres e a água. Leva-se ao lume e mexe-se para não pegar, deixando alourar ligeiramente. Adiciona-se a água a ferver e deixa-se levantar fervura, juntam-se os espinafres e deixa-se cozer por uns vinte minutos. Tritura-se com a varinha mágica e serve-se bem quente.

 

Ter | 21.10.25

Atum à séria

 

Ultimamente não tenho andado muito criativa na cozinha. Apesar de cozinhar todos os dias, tenho recorrido a receitas que ou são clássicas, ou são mais básicas, ou então esqueço-me de registar para a posteridade. No entanto, há sempre novidades e esta é uma que, apesar de estar na lista 'a fazer' já há bastante tempo, apenas recentemente a consegui concretizar.

E o que é, perguntam vocês?

- Atum em conserva!!!

- Mas o que não falta é atum em conserva por esses supermercados fora! (Não me digas que já gastaste o do apagão?)

 

Bom, brincadeiras à parte, o que eu queria dizer é que gosto de saber estar preparada para alguma eventualidade, tipo sobrevivencialista e, apesar de não me passar pela cabeça comer 'largatas' nem gafanhotos nem essas bichezas, atum é dos meus peixes preferidos e se o puder preparar 'de raiz', fico muito mais contente. Ah, e ainda hei-de aprender a pescar 

 

Bonito em Conserva

 

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Comprei um atum Bonito com 2,5 kg no supermercado e pedi para retirarem os lombos.

Cozi num tacho com água, sal (90 grs de sal por litro de água), 1 folha de louro e grãos de pimenta. Cozeu em lume brando por meia hora.

Depois de frio, coloquei os lombos do atum num recipiente com o fundo forrado com papel de cozinha, tapei e deixei no frigorífico até ao dia seguinte, de modo a escorrer bem o excesso de água.

No dia seguinte esterilizei frascos e tampas e meti mãos à obra:

Retirei as peles e alguma espinha ao atum, cortei-o em bocados uniformes e enchi os frascos com atum. De seguida deitei azeite extra virgem nos frascos (fiz também alguns com óleo de girassol, para variar) e tapei bem.

Enchi uma panela de água, pus um pano da louça no fundo para que os frascos não batessem uns nos outros ao ferver e acondicionei os frascos de atum. Levei ao lume, deixei levantar fervura e, em lume brando ali estiveram durante meia hora. Depois de desligar ficou até ao dia seguinte.

Removi os frascos, confirmei que estavam com as tampas em vácuo, limpei-os bem e guardei em local seco e fresco.

Agora estão um mês à espera, para apurarem o sabor. Estou mortinha por abrir o primeiro, já não falta tudo.

 

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Nota: a receita foi inspirada em receitas que vi em vários blogues espanhois

 

Qua | 15.10.25

Mistura

 

Na minha terra existe uma pequena loja de produtos indianos e nepaleses. Gosto de ir lá mesmo quando não preciso de nada porque tem muitas especiarias e, além de gostar muito do cheiro, gosto de imaginar em que receitas as posso usar, mesmo aquelas que não conheço. E o arroz basmati! Até o vendem em sacos de cinquenta quilos. Eu contento-me com um de cinco que vou usando ao longo de meses e tem um aroma tão bom que mal precisa de acompanhamento. 

Na última vez que lá fui vi um saco de mistura de lentilhas com outras leguminosas, algumas que imagino sejam ervilhas secas e grão de bico, embora este seja muito redondinho comparado com o nosso, e outras que nem sei o que sejam. Trouxe para casa e fiz um caril.

 

Caril de Lentilhas e Batata Doce

 

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1 colher de sopa de óleo de coco

1 cebola pequena, picada

2 dentes de alho, picados

1 colher de sopa de gengibre fresco, ralado

1 colher de chá de curcuma (açafrão das índias)

1 colher de sopa de caril

1 colher de chá de piripiri

1 copo de lentilhas vermelhas (ou mistura)

1 batata doce em rodelas

2 tomates bem maduros, picados

Sal e pimenta preta, moída na altura

300 ml de água

200 ml de leite de coco

Sumo de meio limão

Coentros picados

 

Pôr as lentilhas de molho por uma ou duas horas.

Num tacho largo aquecer o óleo e alourar a cebola, alho e gengibre. De seguida adicionar a curcuma, o caril e opiripiri e deixar tostar por um minuto. Adicionar as lentilhas escorridas, a batata doce, o tomate picado, sal e pimenta a gosto e mexer. Deixar apurar por cinco minutos e de seguida adicionar a água e deixar a fervilhar em lume brando por uns vinte minutos.

Juntar o leite de coco e deixar apurar por mais cinco minutos. Para finalizar, juntar o sumo de limão e os coentros picados.

Servir com arroz basmati. Para enriquecer o prato, servir com um ovo mal cozido.

 

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Ter | 07.10.25

Filetes

 

Tenho encontrado filetes de Garoupa à venda nos supermercados (normalmente numa caixa de cartão, pesando cerca de 500 grs e com seis ou sete filetes). Para variar dos de pescada e dos de alabote, são uma excelente alternativa. E não é preciso fritá-los!

 

Filetes de Garoupa em Tomatada

 

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4 filetes de garoupa descongelados

Sumo de um limão

Sal e pimenta q.b.

1 cebola

3 colheres de sopa de azeite

3 tomates maduros

piripiri q.b.

1 ramo de salsa

 

Temperar os filetes com sal e pimenta e sumo de limão. Reservar.

Numa frigideira colocar o azeite, a cebola cortada em meias-luas e o tomate triturado com a pele. Juntar também a salsa em raminhos e o piripiri. Levar a lume forte até levantar fervura, de seguida baixar o lume e deixar apurar até quase perder o molho. Juntar os filetes e a marinada, tapar e estufar por mais cinco a sete minutos.

Servir com arroz basmati.

 

Seg | 06.10.25

Sugestão

 

Apesar de ser um fruto muito leve, o maracujá está repleto de coisas boas para a saúde. Cada maracujá roxo tem cerca de:

  • Calorias: 17
  • Fibra: 2 grs
  • Vitamina C: 9% da dose diária recomendada
  • Vitamina A: 8% da dose diária recomendada
  • Ferro: 2% da dose diária recomendada
  • Potássio: 2% da dose diária recomendada

Embora esteja na sua época, o facto é que nem assim os maracujás são baratos, chegando a custar cerca de 12€ o quilo, embora em mercados seja vendido mais em conta, talvez por ser de produção própria a maioria das vezes.

Não tenho nenhum maracujzeiro mas têm-me dado bastantes. Como não os tenho conseguido 'despachar' rapidamente, optei por congelar a polpa dos mesmos para mais tarde poder usar em tartes ou para fazer 'Curd' de Maracujá.

Fica a sugestão.

 

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