Fui ao baú e encontrei esta publicação já com uns aninhos. Nem me lembrava de ter feito isto. Está na altura de voltar a experimentar porque Rum é sempre uma boa opção 

Sobremesa de Banana e Rum

2 bananas maduras

20 palitos La Reine fofos

2 cálices de Rum

Coco ralado tostado

Para o creme de chocolate

2 copos de leite

¾ copo de açúcar

20 grs de farinha

30 grs de cacau em pó

½ colher de chá de canela

1 gema de ovo

50 grs de chocolate negro

Numa caçarola misturam-se a farinha, o açúcar, o cacau, a canela, a gema de ovo e o leite. Mexe-se bem e leva-se ao lume para engrossar, mexendo continuamente para não agarrar ao fundo. Quando estiver a borbulhar e com uma consistência cremosa, desliga-se o lume e acrescenta-se o chocolate negro em bocados. Mexe-se bem até estar derretido e reserva-se até esfriar.

Numa frigideira tosta-se o coco até ficar douradinho e reserva-se.

Deitar o Rum no fundo de um prato de sopa e mergulhar lá os biscoitos.

Colocar os biscoitos no fundo da taça, por cima põem-se rodelas de banana e cobrem-se com o creme de chocolate. Repete-se até esgotar os ingredientes e polvilha-se com coco tostado.

Quando apetece peixe grelhado mas não estás nem aí para ir comprar carvão de propósito.

Robalo "Grelhado" no Forno

2 robalos frescos, escalados (guardar as cabeças para fazer caldo de peixe)

2 dentes de alho ralados

2 colheres de sopa de azeite

Sumo de 1/2 limão

1 colher de chá de molho de piripiri (opcional)

1 colher de chá de orégãos

Sal q.b.

Numa tacinha misturar o alho, azeite, sumo de limão, piripiri, orégãos e sal.

Colocar uma folha de papel de ir ao forno, molhada, sobre o tabuleiro do forno e dispôr o peixe com a pele para baixo. Espalhar a quase totalidade do molho sobre os robalos e levar a forno médio por cerca de vinte minutos. A meio do tempo colocar o restante molho.

Retirar do forno e servir com batata cozida e salada.

Já todos sabemos que um mocktail é um cocktail sem álcool. Foi inventado para que as pessoas que não podem ou não devem ou não querem consumir álcool não fiquem de fora da festa.

Conheço pessoas que não bebem álcool porque em alguma altura da sua vida o consumiram em exagero, não sabendo quando parar, até que teve mesmo que ser. Conheço outras que não consomem bebidas alcoólicas porque viram pessoas de que gostavam a sofrer e a fazer sofrer por causa do álcool.

Sou pela moderação, tanto no álcool como noutras coisas da nossa existência e costumo beber um gin tónico por semana, que me sabe pela vida e do qual não prescindo. Mas às vezes apetece-me algo diferente e esta é uma boa alternativa.

Mocktail Mojito de Limão

1 raminho de hortelã

1 colher de chá de açúcar amarelo OU xarope de ácer OU xarope de agave

1/2 limão

Gelo

200 ml de água tónica OU água com gás

Cortar uma rodela ao meio limão para enfeitar e espremer o restante para um copo. Juntar as folhas de hortelã e o açúcar (ou xarope) e esmagar com uma colher. Adicionar o gelo e a água tónica ou com gás, juntar a rodela de limão e apreciar.

A nêveda (Calamintha nepeta) é uma erva aromática da família da hortelã e por esta zona é muito usada para aromatizar caldeiradas.

É uma planta perene, ou seja, quando a plantamos vai dar sempre, não é necessário estar sempre a plantar a cada ano que passa. Dá umas florzinhas meio lilás e as sementes devem voar com facilidade porque já  ando a arrancar pés de nêveda do meio das pedras.

Também conhecida como calaminta e erva-das-azeitonas em alguns locais do continente e ilhas, as suas propriedades terapêuticas ajudam a aliviar problemas digestivos, dores reumáticas, gases intestinais, além de ajudar no alívio de azia. Mesmo a calhar.

Caldeirada de Raia

1 cebola

2 dentes de alho

4 batatas

2 postas de raia cortadas ao meio

4 tiras de pimento (usei vermelho e amarelo)

1 malagueta

100 ml de vinho branco

50 ml de água

50 ml de azeite

Nêveda e Salsa

Sal q.b.

Descascar e cortar a cebola e as batatas às rodelas e picar o alho.

Começar com cebola, batatas, raia, alho, pimento, novamente cebola, batatas e raia, alho picado, pimento e a malagueta fatiada. Temperar com sal a gosto e dispôr a nêveda e a salsa.

Finalizar com o vinho, água e azeite, tapar o tacho e levar a lume forte até começar a ferver, depois baixar para o mínimo e deixar cozinhar por meia hora, abanando o tacho de vez em quando.

Gosto de receitas práticas, principalmente se puder utilizar ingredientes pré preparados, como as almôndegas que faço em quantidade e congelo para ter sempre que é necessário, porque não me apanham a comprar almôndegas pré-feitas nos supermercados. Brrrr.... há alguma coisa no aspecto das ditas que me faz arrepiar. Não quer dizer que não sejam boas, é uma panca minha.

Posto isto deixo aqui uma receita que pode não ter o aspecto mais fotogénico, que não tem, mas que foi uma das mais saborosas que comi recentemente. A receita que uso para preparar as almôndegas está mais abaixo mas não se deixem influenciar pelas minhas pancas e comprem-nas no supermercado, se essa é a vossa onda.

Almôndegas no Forno à Grega

1 cebola

1 batata doce

2 batatas grandes

75 ml de sumo de limão

2 colheres de chá de orégãos

1 dente de alho grande, ralado

Sal q.b.

Pimenta preta q.b.

150 ml de azeite

Almôndegas q.b.

Preparar as almôndegas conforme receita abaixo ou usar das de compra.

Num pyrex colocar a cebola grosseiramente picada, a batata doce descascada e cortada em cubinhos e as batatas também cortadas em cubinhos. Misturar tudo bem e por cima dispôr as almôndegas.

Numa taça misturar o sumo de limão, os orégãos, o alho ralado, sal, pimenta e o azeite. Misturar bem e deitar sobre as batatas e almôndegas.

Levar ao forno tapado com papel de alumínio por cerca de quarenta minutos, verificar se é necessário acrescentar mais algum líquido (pode ser água a ferver) depois destapar e deixar por mais uns quinze minutos no forno.

Servir com uma salada.

Almôndegas

1 pão seco

100 ml de leite

300 grs de carne de vaca

300 grs de carne de porco

1 cebola pequena ralada

2 dentes de alho ralados

1 colher de chá de orégãos secos

1 colher de sopa de sumo de limão

2 colheres de sopa de salsa picada

1 colher de sopa de orégãos frescos picados

1 pitada de sal

1 ovo

Misturar o pão esfarelado com o leite e deixar absorver.

Misturar todos os ingredientes numa taça até formar uma mistura homogénea e moldar almondegas do tamanho de bolas de golfe.

Usar de imediato ou congelar para mais tarde.

Quando não gostava de abacate (nem sequer queria experimentar novamente, tão má tinha sido a primeira experiência) ficava espantada como é que havia gente que gostava daquilo. Depois, há uns anos atrás, um colega começou a trazer sacadas de abacate para o trabalho e a distribuir por todos os da sala.

Ora, coisas à borla são a minha kriptonite e não podia deixar passar tão generosa oferta por isso lá trouxe alguns para casa. Como naquela altura ninguém que eu conhecia apreciava abacates por aí além, acabei por ter de arranjar maneiras de os gastar, principalmente em coisas doces já que isso lhes disfarçava o sabor.

Avançando uns anos para a frente, encontro-me numa altura em que só penso "o que eu perdi para aqui chegar".

Salada de Abacate e Salmão

1 posta de salmão temperada com sal e sumo limão.

Aquecer 1 colher de sopa de  azeite numa frigideira e cozinhar o salmão por uns minutos, até estar a gosto.

Numa taça misturar abacate e tomate em pedaços, cebola roxa picada, azeitonas descaroçadas e cortadas em rodelas, massa cozida, coentros picados e malagueta em rodelas.

Juntar o salmão em lascas, sem pele nem espinhas e temperar a salada com azeite, sumo limão, mostarda e mel, tudo muito bem chocalhado num frasco antes de deitar sobre a salada.

Para os que ainda andam a dar a volta ao miolo a ver como é que hão-de gastar as claras que sobraram dos pães-de-ló da Páscoa, aqui fica uma ideia.

A pavlova é uma sobremesa fresca e leve e não dá trabalho nenhum a fazer, a não ser impedirmo-nos de abrir a porta do forno durante umas horas, até que não haja o risco de a pavlova abater que nem uma panqueca.

Se conseguirmos resistir ao chamamento da porta do forno, temos o dia ganho porque há poucas sobremesas mais bonitas e mais refrescantes.

Pavlova com Frutos Vermelhos

4 claras à temperatura ambiente

180 grs de açúcar

2 colheres de chá de farinha Maizena

1 colher de chá de vinagre de sidra

200 grs de natas frescas para bater

Morangos, framboesas, mirtilos e hortelã

Açúcar em pó para polvilhar

Misturar o açúcar com a farinha maizena.

Bater as claras em castelo e adicionar em colheradas a mistura de açúcar e maizena, batendo sempre.

De seguida adicionar o vingre e continuar a bater até formar um merengue brilhante.

Deitar as claras batidas num tabuleiro forrado com papel vegetal formando um círculo com cerca de vinte centímetros e tentando deixar as laterais um pouco mais altas. Levar a forno quente a 120ºC (o meu não tem medidor e deixei-o no mínimo calor possive - mais mínimo e apagava...) e deixar cozer por uma hora e quinze minutos SEM NUNCA ABRIR A PORTA DO FORNO! (desculpem os berros mas esta parte é mesmo importante).

Desligar o forno (SEM ABRIR A PORTA) e deixar a pavlova lá dentro por umas horas ou, de preferência, até ao dia seguinte.

Bater as natas em chantilly. Não acrescentei açúcar porque tudo o resto já é doce que chegue mas se quiserem podem pôr cinquenta gramas nas natas antes de bater.

Colocar o chantilly sobre a pavlova e por cima dispôr a fruta e hortelã. Polvilhar com açúcar em pó e servir.

Nota: podem ser usadas claras congeladas e deixadas descongelar à temperatura ambiente; podem também ser usadas claras pasteurizadas

Apesar de ter desenvolvido alergia a camarão de há uns anos para cá, há quem não seja alérgico e, por isso, de vez em quando lá sai uma refeição com comidas diferentes, dando a quem gosta (e pode) a oportunidade de comer camarão cá em casa.

Usei daquele já cozido que existe à venda nos supermercados.

Migas de Poejos e Camarão

200 grs de camarão cozido

50 ml de azeite

2 dentes de alho

400 grs de miolo de pão alentejano (ou de Rio Maior)

Sal q.b.

1 raminho de poejos (ou coentros)

Descascar o camarão e reservar.

Cobrir as cascas e cabeças do camarão com água, levar ao lume e deixar levantar fervura. Coar e aproveitar a água para cobrir o pão. Deixar repousar uns minutos.

Aquecer o azeite num tacho e juntar o alho cortado em palitos. Deixar alourar e adicionar o pão escorrido e alguma da água, se necessário. Temperar com sal a gosto e mexer bem até que as migas estejam na consistência desejada. Adicionar os poejos picados e servir, com os camarões sobre as migas.

Costumo almoçar com amigas uma vez por mês, um evento a que gosto de chamar "almoço das 'senhoras' de uma certa idade" 

No último encontro, uma delas pediu sobremesa e era tão boa que deu a provar às restantes. Na ementa estava identificado como 'iogurte no forno' e achei logo que tinha que replicar logo que possível já que a senhora do restaurante, muito amavelmente, nos explicou como era feito.

Logo nesse fim de semana experimentei a receita tal como me foi indicada e realmente é mesmo bom. Mas, como gosto de investigar como aparecem certas receitas, lá andei tipo Sherlock, à procura de outras receitas do género.

E encontrei muitas, umas exactamente iguais, outras com algumas diferenças mas quase todas oriundas da Índia, como esta, que logo decidi experimentar já que tem açafrão e cardamomo, duas especiarias de que gosto muito.

Iogurte no Forno (com Açafrão e Cardamomo)

500 grs de iogurte grego, natural

200 grs de leite condensado (mais ou menos meia lata)

1 saqueta de estames de açafrão + 1 colher de sopa de água a ferver

1 colher de chá de cardamomo

Fruta para servir (opcional)

Numa tacinha juntar os estames de açafrão e a água a ferver e reservar por dois ou três minutos, de modo a que o açafrão 'abra'.

Numa taça misturar o iogurte com o leite condensado, o cardamomo. o açafrão e a água. Mexer com uma vara de arames e deitar em pequenas taças ou ramequins.

Colocar as taças num tabuleiro com água a ferver até meio da altura das taças. Levar a forno quente por vinte minutos. Retirar, deixar arrefecer e guardar no frigorífico até servir.

Pode ser servido simples ou com fruta.