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Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Ter | 28.01.25

cores à solta

 

Nem sempre é fácil decidir o que fazer quando queremos um prato vegetariano e parece que na gaveta do frigorífico não há nada de jeito. Depois pensamos nas coisas que há e que à primeira vista não servem para nada que se veja. Depois pensamos melhor e é isto.

 

Gratinado de Vegetais com queijo Cheddar

 

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1 cebola roxa

1 cebolinha (ou talo de aipo)

2 colheres de sopa de azeite

Couve roxa

Couve branca

Batata doce laranja

Batata doce branca

Cenoura

Cogumelos

Sal e Pimenta q.b.

1 colher de sopa de farinha

300 ml de leite

50 grs de queijo cheddar

 

Picar grosseiramente a cebola e a cebolinha (ou talo de aipo) e alourar em azeite numa frigideira larga.

Colocar os restantes ingredientes na frigideira à medida que se vão picando. Temperar a gosto com sal e pimenta ou qualquer outro tempero que se prefira e tapar a frigideira, deixando refogar em lume brando por cerca de dez minutos.

Polvilhar a farinha sobre os vegetais e juntar o leite, mexendo para envolver bem. Transferir a mistura para uma assadeira ou pyrex e cobrir com o queijo ralado. Levar ao forno por vinte minutos ou até o queijo estar derretido e borbulhante.

Servir como acompanhamento ou como prato principal, acompanhado de uma salada (que foi a minha opção).

 

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Sex | 24.01.25

pulsões

 

No outro dia perguntaram-me onde é que arranjava paciência para fazer tantas receitas e fiquei a pensar no caso.

Se considerarmos que o ano tem 365 dias e que almoçamos e jantamos, isto dá para mais de 700 refeições. E nem estou a contabilizar as outras que fazemos a diário como lanches e pequenos almoços, por exemplo, isso então eram mais que muitas.

Claro que a maior parte das receitas são feitas em piloto-automático, repetições de receitas tão enraizadas no músculo da nossa memória que parecem aparecer na mesa sem sequer darmos por isso. E também há dias em que... 'deslarguem-me', um chá e uma tosta são mais do que suficientes.

Depois há a minha paixão por ler receitas. Milhares (se calhar até milhões) já passaram por estas retinas miopes. Gostava de as experimentar todas? A maior parte sim; outras nem que me pagassem. E outras são tão singelas que têm mesmo que ser.

 

Bolo de Coco, Cacau e Laranja

 

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Para uma taça partimos quatro ovos, adicionamos um iogurte natural e, usando a mesma embalagem do iogurte, medimos uma medida de coco ralado, uma medida de cacau em pó, duas medidas de farinha de trigo com fermento, três medidas de açúcar, duas medidas de óleo de girassol, sumo de uma laranja e raspa de duas.

Bate-se à mão ou com uma batedeira electrica por uns minutos e deita-se a massa num tabuleiro untado. Vai ao forno por cerca de vinte minutos dependendo do tamanho do tabuleiro (usei um rectangular com quarenta centimetros por trinta).

Quando estiver cozido retira-se do forno, corta-se em quadrados e polvilha-se com açúcar em pó e raspa de laranja.

 

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Qui | 23.01.25

em modo compota #29

 

Quando comecei a fazer chá de hibisco, custava-me deitar fora as flores depois de usadas porque têm uma cor tão bonita que simplesmente me incomodava desfazer delas.

Procurei no Dr. Google o que fazer com as flores de hibisco usadas e apareceram de imediato receitas de geleia, entre outras. Comecei então a congelar as flores que sobravam do chá mas, primeiro que junte uma quantidade suficiente para geleia não me doa a mim a cabeça...

Um destes dias decidi fazer compota de laranja, também conhecida internacionalmente como marmalade e, eis senão quando, dei com as folhas do hibisco no congelador. Não é cedo nem é tarde, vão já para a panela da compota. E assim foi.

 

Compota de Laranja e Hibisco

 

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4 laranjas

500 ml de água

1 colher de sopa de licor Triple Sec ou água de flor de laranjeira (opcional)

600 grs de açúcar (o mesmo peso das laranjas preparadas)

6 a 10 flores de hibisco

 

Retirar as tampas e os caroços às laranjas. Cortar cada laranja ao meio e depois cortar em fatias muito finas. Deitar numa taça e juntar a água. Mexer e deixar até ao dia seguinte.

Colocar a mistura de água e laranjas numa panela e levar ao lume, deixando cozer por quinze minutos. Adicionar o licor, o açúcar e as flores de hibisco e deixar fervilhar até fazer o ponto; com estas quantidades demorou cerca de uma hora.

Transferir a compota para frascos esterilizados e tapar de imediato.

 

Qua | 22.01.25

Reciclar

 

Quando a inspiração está em modo lento, vamos às receitas mais velhinhas e damos-lhes a volta.

 

Filetes em molho verde

 

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2 filetes de pescada (ou outro peixe)

2 ovos

200 grs de brócolos (usei congelados)

1 cebola picada

1 dente de alho picado

1 raminho de salsa picado

2 colheres de sopa de azeite

2 colheres de sopa de farinha de trigo

250 ml de água da cozedura

Sal, pimenta e noz-moscada q.b. 

 

Cozer os filetes e os brócolos, No fim da cozedura juntar os ovos, contando quatro ou cinco minutos para que a gema fique um pouco mole no meio (os meus ovos eram pequenos, acabaram por cozer mais do que eu queria).

Escorrer e aproveitar a água. Desfiar os filetes, descascar os ovos e cortar ao meio.

Alourar a mistura de cebola, alho e salsa num tacho e quanto estiver amolecido adicionar os filetes e os brócolos cozidos cortados em bocados. Mexer e temperar com sal e pimenta ou outro tempero a gosto.

Salpicar a farinha sobre a mistura de filetes e brócolos e mexer bem para não agarrar. Adicionar a água da cozedura (ou leite) e temperar com noz-moscada a gosto. Mexer até engrossar e retirar do lume.

Deitar esta mistura numa assadeira ou pyrex pequenos e por cima colocar as metades dos ovos com a gema voltada para cima. Salpicar com pimenta preta e levar ao forno por cerca de quinze minutos.

 

Seg | 20.01.25

evolução

 

Quando era miúda, sempre que via ovas no peixe que me punham no prato quase me 'esgomitava' toda, canojo!

Felizmente cresci

 

Salada de Ovas de Pescada

 

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Ovas de pescada cozidas

Cebola

Salsa

Sal e Pimenta

Azeite e Vinagre

 

Cortar as ovas em rodelas e misturar com cebola cortada em meias-luas e salsa picada. Temperar a gosto com sal e pimenta.

Misturar azeite e vinagre e verter sobre as ovas. Servir frio.

 

Qui | 16.01.25

eat, repeat

 

Este é o tipo de receita que se faz em modo piloto-automático, quando o cérebro até já se compenetrou de que estamos na terceira semana de um novo ano mas na realidade parece que 'vira o disco e toca o mesmo.'..

 

Lombos de Pescada com Mostarda

 

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1 cebola picada

1 raminho de salsa picada

1 haste de aipo em rodelas

1 cebolinha em rodelas

2 colheres de sopa de azeite

4 lombos de pescada

1 colher de sopa de mostarda

1 colher de café de coentros em pó

1 colher de café de colorau

1 colher de café de curcuma

Sal q.b.

100 ml de água

100 ml de vinho branco

 

Colocar a cebola, salsa, aipo e cebolinha numa frigideira, o azeite e os lombos de pescada, previamente descongelados. Temperar com a mostarda e as especiarias em pó e umas pedrinhas de sal. Levar ao lume e quando levantar fervura adicionar a água e o vinho branco. Tapar e deixar refogar por cerca de vinte minutos.

Servir com arroz de grelos.

 

Ter | 14.01.25

Roxa

 

Às vezes cozinho certos pratos que fotografo embora na altura ache que são tão simples que nem merecem a pena registo no blogue. Foi o que aconteceu a este acompanhamento que substituiu as batatas ou o arroz aqui há uns tempos. Na altura tirei esta foto, nem tirei mais porque já estava a pensar que nunca veria a luz do dia, dada a sua simplicidade.

Este fim de semana, a revista do Expresso [que traz sempre uma qualquer receita] trazia uma de compota de couve roxa. Mais elaborada do que este salteado, afinal era uma compota, do género das que se fazem também com cebola roxa. Li a receita e pensei que afinal talvez não fosse descabido deixar aqui a minha versão, singela e muito mais à mão, para dar descanso aos hidratos de carbono que normalmente acompanham as nossas refeições.

De notar que a couve roxa é muito mais rica em ferro e fibras do que as suas congéneres brancas e/ou verdes (coração, lombarda, etc) e dizem que na Roma antiga era muito usada para combater as ressacas, enxaquecas ou dores de cabeça: basta esmagar umas folhas e colocar num pano molhado em água quente. Depois é só encostar à cabeça enquanto se descansa um bocadinho.

Mas os benefícios da couve roxa não se ficam por aqui. Possuidora de alto teor de enxofre, ajuda a secar a pele mais oleosa e as borbulhas de acne e como é rica em vitaminas C e E, também ajuda a manter o aspecto jovem da pele; além disso elimina as toxinas (radicais livres e ácido úrico) que causam artrite, doenças de pele, úlceras, reumatismo e mesmo gota. É rica em antioxidantes que são benéficos na prevenção de diabetes, Alzheimer e alguns tipos de cancro; os antioxidantes ajudam também à função mental e à concentração.

Caso estas não fossem razões suficientes para começar a consumir couve roxa, aqui fica o melhor: tem apenas 31 calorias por 100 gramas!

 

Couve Roxa e Maçã

 

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1 colher de sopa de azeite

1 cebola picada grosseiramente

400 grs de cebola roxa, cortada em tiras (usei também da branca)

1 maçã cortada em meias-luas finas

Sal e pimenta a gosto

1 colher de sopa de vinagre de sidra

 

Num tachinho alourar a cebola no azeite até que fique amolecida; adicionar a couve e a maçã, temperar a gosto e tapar com um testo, baixando o lume para que amoleça também a couve. Adicionar um poco de água se necessário, apenas para que não esturre e depois de vinte minutos, borrifar com o vinagre, mexer e servir.

 

Seg | 13.01.25

Alcachofras

 

As alcachofras não são um vegetal que aprecie por aí além, nomeadamente se forem frescas porque, na minha opinião, dão muito mais trabalho do que valem. Mas, de vez em quando lá compro uma lata ou frasco de corações das ditas que acabo por gastar à pressa quando o prazo de validade já está a terminar.

Esta combinação saiu mesmo bem, para a próxima não vou precisar de esperar tanto tempo para as gastar

 

Quiche de Atum e Alcachofras

 

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1 placa de massa folhada

100 grs de atum

1 lata de corações de alcachofra

1 mão-cheia de azeitonas

1 colher de sopa de uvas passas

3 ovos

100 ml de natas

100 ml de leite

1 colher de chá de orégãos

Sal e Pimenta (ou outro tempero a gosto)

 

Forrar uma forma de quiche com a massa folhada. Por cima esfarelar o atum (usei uma sobra de fresco, grelhado, mas pode ser de lata) e espalhar os corações de alcachofra cortados, as azeitonas descaroçadas e cortadas em rodelas, as uvas passas e os orégãos.

Numa taça bater os ovos, as natas e o leite e temperar a gosto. Deitar sobre a massa folhada e restantes ingredientes e levar ao forno por trinta e cinco minutos.

Servir com uma salada.

 

Sex | 10.01.25

mezinha

 

Muitas pessoas que conheço passaram os últimos dias a lutar contra gripes tão fortes que os impediram até de brindar à entrada do novo ano; outros estavam já em vale de mantas e nem deram por ela. Pingo no nariz, espirros, tosse, catarro e dores de garganta, houve de tudo.

Para essas pessoas, e para aquelas que não estando gripadas, gostam de prevenir, deixo aqui este chá que só não é como o Melhoral (que não faz bem nem faz mal) porque faz bem. Muito bem até.

 

Chá anti-inflamatório

 

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5 rodelas de limão

5 rodelas de laranja

5 rodelas de gengibre

5 cravinhos

1 pau de canela

1 colher de sopa de bagos de romã

1 colher de sopa de mel

1 litro de água a ferver

1 saqueta de chá, preto ou verde (opcional)

 

Colocar todos os ingredientes num bule, mexer e beber, bem quente de preferência.

 

Qui | 09.01.25

Perishable Thoughts

 

Quando digo que as Fisális são uma praga (das boas, vá) não estou a exagerar. Esta, da foto, nasceu numa racha de cimento, tem cerca de meio metro de altura e, apesar de pequena, tem mais de vinte frutinhas, prontas a amadurecer a não ser que a geada dê cabo delas.

Cá as espero porque, além de serem uma fonte de ferro, fósforo, vitaminas A e C, alcalóides e flavonoides (entendedores entenderão), podem ser consumidas ao natural ou utilizadas para fazer doces, compotas, saladas, etc.

 

[Physalis peruviana]

 

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Qua | 08.01.25

Masoor Dal

 

Para continuar este mês de janeiro com receitas descomplicadas e, porque não, vegetarianas, deixo aqui um dos meus pratos favoritos.

Desta vez recorri ao livro Made in India, da Meera Sodha, uma das minhas cozinheiras favoritas no que respeita a cozinha indiana.

 

Masoor Dal - Lentilhas Vermelhas

 

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225 grs de lentilhas vermelhas

2 colheres de sopa de óleo de girassol

1 cebola cortada em meias luas finas

4 dentes de alho esmagados

1 pedaço de gengibre ralado

1/2 colher de chá de piripiri

1/2 colher de chá de coentros em pó

1/2 colher de chá de curcuma (açafrãos das Índias)

1 colher de chá de sal

300 grs de polpa de tomate (usei tomate congelado)

 

Lavar muito bem as lentilhas e cozer num tachinho com 600 ml de água durante cerca de dez minutos.

Alourar a cebola no óleo por uns cinco minutos, adicionar o alho e o gengibre e saltear mais uns minutinhos. De seguida juntar o piripiri, coentros em pó, açafrão e sal, mexer e juntar também o tomate.

Deixar refogar um puco, adicionar as lentilhas e deixar apurar por mais dez minutos em lume brando e com a tampa no tacho.

Para uma refeição completa, servir com arroz basmati, coentros picados e bagos de romã.

 

Seg | 06.01.25

janeeeeeeeeeiro

 

Por esse mundo fora há imensas pessoas que começaram o ano com o desafio vegetariano, ou seja, sem comer carne nem peixe.

Por mim, não sendo fundamentalista, gosto de fazer refeições vegetarianas e até algumas vegan ao longo de todo o ano por isso não me custaria nada passar um mês inteiro a verduras, mesmo sendo o mês de janeiro, aquele que parece ter 327 dias.

 

Lunette de Beringela e Mozarela com Cogumelos

 

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250 grs de Lunette

1 chalota ou cebola pequena

2 colheres de sopa de azeite

250 grs de cogumelos

Sal e pimenta q.b.

1 colher de sopa de natas ácidas

Folhas de manjericão

 

Cozer a massa de acordo com instruções da embalagem (normalmente apenas por três a cinco minutos). Escorrer e reservar um pouco da água.

Alourar a chalota picada no azeite e saltear os cogumelos cortados em fatias. Temperar com sal e pimenta a gosto e adicionar a massa cozida, duas ou três colheres de sopa da água de cozer a massa e uma colherada de natas ácidas. Mexer bem para envolver e juntar as folhas de manjericão.

Servir de imediato.

 

Sex | 03.01.25

isto nunca mais acaba?

 

Como até ao dia de Reis estamos naquela bolha onde as calorias não contam e porque de repente me vi com restos de três bolos-rei mais secos do que um bacalhau antes da demolha, e também porque deitar comida fora (nem que seja bolo-rei) me provoca urticária, olhem, deu-me para isto.

 

Salame de Chocolate e Bolo-Rei

 

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200 grs de sobras de bolo-rei seco (descartar as frutas cristalizadas)

1 colher de sopa de cacau em pó

3 colheres de sopa de vinho do porto (+ 1 para o papel vegetal)

3 colheres de sopa de manteiga derretida

100 grs de chocolate negro derretido

Cacau e açúcar em pó para polvilhar (opcional)

 

Misturar todos os ingredientes numa taça e amassar bem com a mão.

Molhar uma folha de papel vegetal com a restante colher de vinho do porto, colocar a mistura no papel e dar-lhe o formato de um de rolo. Embrulhar, apertando nas pontas como se fosse um rebuçado.

Levar ao frigorífico por umas horas e polvilhar com cacau e açúcar em pó para servir, cortado em fatias finas.