Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Ter | 31.12.24

Feliz Ano Novo

 

Para quem gosta de rematar a orgia de 'comícios e bebícios' com uma caneca a fumegar.

 

Cacau para acabar a Noite

 

20241212_181000.jpg

 

1 colher de sopa bem cheia de cacau

2 colheres de sopa de xarope de ácer

2 gotas de baunilha

1 pitada de gengibre

1 pitada de canela

1 pitada de sal

1 tira de casca de laranja

1 quadrado de chocolate negro (30 grs)

250 ml de leite (ou bebida vegetal)

1 café expresso

 

Num fervedor mistura-se o cacau, o xarope de ácer, a baunilha, o gengibre, a canela, o sal, a casca de laranja e o quadrado de chocolate. Adiciona-se o leite, com cuidado para que não fique com grumos, e leva-se ao lume, mexendo de quando em quando, até começar a querer ferver.

Tira-se um café expresso para uma caneca e de seguida adiciona-se o cacau bem quente, descartando a casca de laranja.

Aprecia-se enquanto nos preparamos mentalmente para mais um ano do qual não sabemos puto!

 

Seg | 30.12.24

Está quase...

 

Aqui há uns dias, em casa de um irmão meu, comi pão recheado com queijo e bacon e, posso dizer, foi dos melhores que já comi. E o pão, em vez de ser tipo pão de Rio Maior, era um simples pão da avó, o que fez com que houvesse mais superfície de queijo para derreter (maravilha!) e mais tampa crocante.

Amanhã à noite, já sabem!

 

Pão da Avó Recheado

 

20241225_135857.jpg

 

1 pão da avó de véspera

4 colheres de sopa de maionese (+ 1 para barrar)

100 grs de paio em fatias bem finas

1 raminho de salsa

200 grs de queijo (usei mistura)

 

Cortar a parte de cima do pão e remover o miolo da parte de baixo. Barrar o interior do pão com uma colher de maionese.

Numa taça misturar a restante maionese com o paio e a salsa picados e o queijo ralado. Deitar esta mistura dentro do pão, pôr a tampa em cima e colocar o pão recheado num tabuleiro, com o miolo espalhado à volta.

Levar a forno quente, coberto com papel de alumínio, por vinte minutos. Ao fim desse tempo, retirar o papel de alumínio e acabar de alourar por mais uns minutos.

Servir de imediato.

 

Sex | 27.12.24

Ainda a tempo

 

Neste Natal experimentei fazer um bolo-rei mas, com tudo a acontecer ao mesmo tempo e em todo o lado (até parecia um filme), esqueci-me de que os 'bolos-reises' costumam levar aquelas frutas por cima - as que normalmente vão direitinhas para o lixo - e, quando chegou a hora de o decorar ficou assim, uma espécie de bolo-bastardo. E pronto, foi o que lhe chamei.

 

Bolo-Bastardo

 

20241223_193446.jpg

 

600 grs de farinha

100 grs de margarina

150 grs de açúcar

Raspa de 1 laranja

45 ml de sumo de laranja

4 ovos

80 ml de leite

1 saqueta de fermento de padeiro (11 grs)

45 ml de vinho do porto

45 ml de aguardente

1 colher de chá de sal

Mistura de frutas cristalizadas, passas e frutos secos em bocadinhos (usei cerca de 250 grs)

Ovo batido para pincelar

Nozes, pinhões e açúcar em pó para decorar

 

Na cuba da máquina de fazer pão colocam-se todos os ingredientes excepto as frutas. Liga-se a máquina no programa 'massa' e deixa-se a máquina descansada a fazer o seu trabalhinho que é para isso que lhe pagamos.

Ao fim de meia hora adicionamos as frutas que vão ficar dentro do bolo e vamos à nossa vidinha que por estas alturas temos mais que fazer do que estar a olhar para a massa do bolo-rei a ganhar vida (embora até seja algo calmante).

Quando o programa acabar (na minha máquina anciã de fazer pão, demora uma hora e dezoito minutos) retiramos a massa para uma bancada enfarinhada, moldamos o bolo rei e colocamos no tabuleiro para ir ao forno. Mas antes disso pincelamos com ovo batido e enfeitamos o bolinho como podemos e deixamos levedar mais meia hora.

Vai ao forno por cerca de quarenta minutos ou até estar douradinho.

 

Nota: receita original daqui

 

Seg | 23.12.24

Boas Festas

 

Nesta altura quase toda a gente mais a prima tem abóbora a cozer para fazer bilharacos ou outros doces tradicionais de Natal. É só roubar um bocadinho e experimentar este galão. É tão booooooooom!

Posto isto, aproveito para desejar a todos umas Festas Felizes.

 

Galão de Abóbora e Canela

 

20241222_090054.jpg

 

1 colher de sopa bem cheia de abóbora cozida

1 colher de sopa de xarope de ácer

3 gotas de baunilha

1 colher de café de canela em pó

1 café expresso

200 ml de leite a escaldar

 

Numa caneca grande colocar a abóbora cozida, o xarope de ácer (ou açúcar amarelo), a baunilha e a canela em pó. Mexer bem até desfazer a abóbora em puré. Adicionar um café (de preferência que tenha espuma) e 150 ml de leite a escaldar.

Bater o restante leite com uma daquelas maquinetas a pilhas, próprias para fazer espuma, uma vara de arames ou a varinha mágica e deitar essa espuma sobre o galão. Polvilhar com mais um pouco de canela e ahhhhhhhhhhh.

 

Qui | 19.12.24

à Poveira

 

Nunca comi destas rabanadas mas fiquei curiosa quando uma amiga me disse como as fazia. Nada de cacetes para cortar às fatias, aqui usam-se pães: pão trigo, carcaça, bijou, molete, seja qual for o nome em cada zona do país.

O segredo é deixá-los estar até ficarem rijos como cornos e depois descascá-los com uma faca (de serrilha é melhor), como se estivéssemos a tirar a casca a uma peça de fruta. Deixei os meus pães cinco dias dentro de uma saca de pano e mais rijos não podiam estar. A seguir foi fazer como me mandaram.

 

Rabanadas Poveiras


20241214_184606.jpg

 

8 pães

800 ml de leite

150 grs de açúcar

1 pau de canela

Casca fina de um limão

3 gemas

Óleo de girassol para fritar

Açúcar e canela para polvilhar

 

Com uma faca de serrilha retirar a casca ao pão (aproveitar para triturar e fazer pão ralado).

Misturar o leite com o açúcar e as gemas, adicionar o pau de canela e a casca de limão e aquecer quase até ferver. Deitar numa taça e mal esteja com uma temperatura aceitável para lhe pôr as mãos, mergulhar os pães de modo a que fiquem ensopados, um a um, ajudando com as mãos a moldar no feitio de uma bola.

Preferi fazer em metades porque de outro modo as rabanadas ficavam muito grandes - tipo bolas de ténis.

Aquecer o óleo numa caçarola de maneira a ficar com três dedos de altura e fritar cada bola até que fiquem douradas por todo. Retirar para um papel absorvente e depois passar para um prato de servir, polvilhando abundantemente com açúcar e canela.

Há quem as sirva com doce de ovos, não é a minha praia.

 

20241214_174400.jpg

 

 

Qui | 12.12.24

Preguiças

 

Às vezes caio na tentação de comprar massa para tartes no supermercado. São tão fáceis de usar, apenas temos que as retirar da embalagem e colocar na forma. Nem vou ler os ingredientes porque sei que, na sua maioria, não são grande coisa, tipo óleo de palma, colza ou ainda pior.

E é tão fácil fazer uma base de tarte mais saudável, demora menos de cinco minutos a preparar e o resultado final é tão melhor do que as compradas... e leva azeite, quem quer melhor?

 

Tarteletes de Salmão e Pescada com Pinhões

 

20241207_182538-COLLAGE.jpg

 

Massa:

150 grs de farinha de trigo

100 grs de farinha de espelta integral (ou de trigo integral)

1 pitada de sal

60 ml de azeite extra virgem

120 ml de água fria

 

Numa taça misturar as farinhas e o sal.

No meio deitar o azeite e misturar com um garfo, de seguida a água (deve estar bem fria) e continuar a mexer com o garfo até envolver e depois mexer com a mão mas sem amassar demais. Formar uma bola e estender com o rolo da massa numa superfície lisa enfarinhada. Forrar as formas que se vão usar e reservar.

 

Recheio:

2 filetes de pescada

1 posta de salmão

2 chalotas picadas (ou 1 cebola pequena)
2 colheres de sopa de pinhões
1 colher de sopa de raspa de limão
1 colher de sopa de aneto e cebolinha picados (ou salsa e cebolinho)
2 fatias de pão fresco, ralado (sem crosta)
1 ovo
5 colheres de sopa de natas (usei de soja)
Sal e pimenta q.b.
Azeite


Numa taça põem-se os filetes de peixe e o salmão, sem peles nem espinhas, cortados aos bocadinhos pequeninos, tipo dados. Juntam-se as chalotas picadas e adicionam-se os pinhões, o pão fresco ralado, a raspa de limão, aneto e cebolinha picados, o ovo, as natas e sal e pimenta. Mexe-se bem e distribui-se pelas formas já forradas com a massa.
Deita-se um fiozinho de azeite sobre o recheio das tarteletes e levam-se ao forno cerca de meia hora até ficarem douradinhas.
Servir com uma salada.

 

Seg | 09.12.24

Cabaça

 

Chamem-me básica mas para mim não há coisa melhor do que aproveitar as borlas da natureza. Na semana passada estive uns dias na zona de Fátima, em casa de uns amigos, que têm mesmo à porta uma imensidão de ervas que nascem espontaneamente nos terrenos baldios e servem para várias receitas. Uma delas chama-se verças e usa um ror de ervas, desde serralha a papoilas.

Desta vez havia tanta acelga que optei por apanhar apenas dessas já que as outras ainda estão a despontar. As acelgas bravias são praticamente iguais às outras, com a diferença de que não geram talos tão largos como as cultivadas.

Aproveitei para fazer um prato inspirado noutro que também é comum na região de Fátima e que se faz com abóbora-porqueira. Antigamente esta abóbora era usada, como o nome indica, para alimentar os porcos; actualmente serve para isso e também para a alimentação humana. Na zona onde vivo sempre ouvi chamarem-lhe cabaça.

 

Estufado de Abóbora-porqueira e Acelgas

 

20241207_124942.jpg

 

1 cebola pequena

3 colheres de sopa de azeite

350 grs de abóbora-porqueira

200 grs de acelgas

Sal e pimenta q.b.

 

Amolecer a cebola no azeite num tachinho. Adicionar a abóbora em cubinhos e temperar com sal e pimenta a gosto. Tapar o tacho e deixar refogar em lume brando, adicionando uns golinhos de água a ferver se necessário. Passados uns quinze minutos adicionar as acelgas cortadas em tiras, mexer e rectificar os temperos. Adicionar mais um pouquinho de água, se necessário, apenas o suficiente para não agarrar ao fundo e deixar refogar por mais dez minutos.

Servir como acompanhamento.

 

20241204_170834.jpg

Seg | 02.12.24

turkish style

 

Nós temos os Ovos de Tomatada, os do Médio Oriente e Magrebe têm a Shakshuka, os italianos têm os Ovos no Purgatório e os turcos têm o Menemen.

Já experimentei todas as receitas e só posso dizer que não consigo escolher um.

São todos tão bons!

 

Menemen

 

20241129_195208.jpg


2 colheres de sopa de azeite

1 cebola pequena, picada

1 pimento (usei meio amarelo e meio vermelho - originalmente é verde)

1 malagueta pouco picante

2 tomates maduros, sem pele

2 colheres de pasta de tomate

1 pitada de sal

1 pitada de pimenta preta

1/2 colher de chá de orégãos

2 ovos

 

Aquecer o azeite numa frigideira e alourar ligeiramente a cebola. Adicionar o pimento e a malagueta, bem picadinhos e o tomate, de preferência ralado. Adicionar a pasta de tomate, mexer e temperar com sal, pimenta e orégãos.

Quando estiver bem refogado, a parecer um molho de tomate grosso, adicionar os ovos e misturar com um garfo, de modo a que os ovos não fiquem completamente desfeitos.

Servir de imediato com pão tostado e, porque não, um vinho tinto.

 

Nota: a receita foi adptada desta