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Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Sex | 30.08.24

Lemonopita

 

Lemonopita é um bolo grego de limão, normalmente com um xarope para o ensopar. Esta versão é feita com massa Filo e não podia ser mais fácil de fazer (nem mais gostosa!).

 

Tarte Filo de Limão e Mirtilos

 

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1 embalagem de massa Filo (250 grs)

200 grs de mirtilos frescos

Xarope:

2 copos de açúcar (usei amarelo)

3 copos de água

Casca de um limão (fina)

1 pau de canela

Creme:

350 grs de iogurte grego natural

100 ml de azeite extra virgem

5 ovos pequenos

1/2 copo de açúcar

1 colher de sopa de fermento em pó

Raspa de 1 limão

1 pitada de sal

 

Colocar os ingredientes do xarope num tacho e levar ao lume até levantar fervura. Baixar para o mínimo e deixar fervilhar por vinte minutos. Reservar.

Separar as folhas de massa Filo (a embalagem que usei tinha dez) e dobrar cada uma como se estivesse a fazer um plissado (muitas pregas) e colocar num pyrex ou assadeira de cerâmica. Nos intervalos colocam-se quase todos os mirtilos, deixando uma mão-cheia para colocar por cima do creme.

Numa taça bater os ingredientes do creme e deitar sobre as folhas de massa Filo de modo a que fiquem bem impregnadas. Por cima espalhar os restantes mirtilos e levar a forno quente por cerca de quarenta e cinco minutos.

Quando cozido, retirar do forno e vários fazer furos com um palito. Verter o xarope sobre a tarte aos poucos, esperando para que absorva antes de colocar o restante. Deixar arrefecer até estar morno e servir assim ou frio.

 

Ter | 27.08.24

How To Feed a Loon!

 

Sei que há muitas receitas que  digo que são as melhores que já experimentei mas de vez em quando aparece alguma que ainda consegue elevar mais a fasquia. É o caso desta.  Bifes de Atum ao estilo Mediterrânico. Ainda só experimentei com bifes de atum mas o molho é tãooooo bom que acho que vai rodar com outras variedades de peixe e, quiçá, até um peito de frango. Ou mesmo só o molho com esparguete. É assim tão bom!

 

Bifes de Atum ao estilo Mediterrânico

 

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6 colheres de sopa de azeite

1 cebola picada

3 dentes de alho

2 tomates bem maduros, sem pele nem grainhas (ou uma lata de tomate picado)

8 folhas de manjericão

2 colheres de sopa de salsa picada

2 bifes de atum, frescos

Sal e pimenta q.b.

Azeitonas pretas e verdes q.b. (descaroçadas e em rodelas)

2 colheres de sopa de alcaparras

 

Aquecer metade do azeite numa frigideira e alourar a cebola. Juntar dois dos dentes de alho picados e deixar alourar mais um pouco. Adicionar o tomate picado, as folhas de manjericão e quase toda a salsa (alguma reserva-se para polvilhar no final). Deixar refogar por cerca de quinze minutos de modo a engrossar o molho e reservar.

'Salpimentar' os bifes de atum. Aquecer o restante azeite numa frigideira e o alho esmagado e deixar fritar o alho até alourar. Retirar e descartar o alho e adicionar os bifes de atum, deixando fritar por dois ou três minutos de cada lado, dependendo da grossura dos bifes.

Deitar o molho de tomate sobre o atum e adicionar as azeitonas e as alcaparras. Deixar apurar por mais uns cinco minutos e servir, polvilhado com a restante salsa.

E esta, meus caros, está no TOP 3 das receitas que experimentei este ano!

 

Nota: fiz apenas com dois bifes mas mantive a quantidade do molho

 

 

 

Seg | 26.08.24

less is more

 

Quando o título é basicamente a receita ...

 

Pasta de Abacate, Feta e Coentros

 

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1 abacate

75 grs de queijo Feta

1 raminho de coentros

Pimenta preta moída na hora

 

Esmigalhar o abacate e o queijo Feta com um garfo. Adicionar os coentros picados e a pimenta moída.

Servir com tostas.

 

Qui | 22.08.24

conjugar

 

Eu salmorejo

Tu salmorejas

Ele salmoreja

Nós comemos

Vós 'olhaindes'

Eles babam

 

Curiosamente nunca comi Salmorejo Cordobés nas visitas que fiz a Córdoba. À época preferia tomate ainda em estado verde e tudo o que fosse feito com tomate maduro, cru ainda por cima, não era nada apetecível. Felizmente cresci e aprendi a gostar disto.

É o prato típico de verão e pode ser servido ao estilo bufete, onde as pessoas se podem servir da base (o tomate triturado com alho e pão) e adicionar a gosto os extras, que podem ser os que usei e outros como alcaparras, cornichons, presunto, cubinhos de queijo, frutos secos, etc.

 

Salmorejo Cordobés

 

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500 grs de tomate bem maduro, sem pele (de preferência coração de boi)

75 grs de miolo de pão

50 ml de azeite

1 dente de alho

Sal q.b.

 

Triturar todos os ingredientes com a varinha mágica. Guardar no frio para que fique bem fresco antes de servir.

Adicionei ovo picado, azeitonas verdes em rodelas e paio do lombo cortado em juliana.

 

Seg | 19.08.24

Malaguetas

 

Quem é food nerd como eu tem certo tipo de informações na cabeça, que não servem para quase nada mas que, já que cá estão, faça-se uso delas. Neste caso informações relativas à Escala de Scoville, que, à semelhança das outras escalas (Ritcher, Mercalli), serve para medir intensidade só que em vez de medir a intensidade de um terramoto, por exemplo, mede a intensidade da ardência das malaguetas. E para quem pensa que picante é picante e pronto, nada mais errado. Há picante e há picante que faz saltar de imediato lágrimas dos olhos, tal a intensidade. Ou limpar com a sinusite e a rinite de uma assentada. Acreditem, já por lá passei.

A Escala de Scoville mede a quantidade de capsaicina nas malaguetas, sendo a capsaicina aquilo que lhes dá o picante. Se medissemos essa quantidade num pimento vulgar (verde, vermelho, amarelo) o resultado seria zero. Estes pimentos comuns, que usamos na nossa alimentação, apesar de serem da mesma família das malaguetas [Capsicum L.] não têm capsaicina. Por isso não picam. Agora experimentem um pimento de Padrón, daqueles que temos a sorte de picar, e pode ir até aos 2.500 da escala em segundos na nossa boca.

Este ano tenho imensos tipos de malaguetas na horta: verdes, amarelas, cor de laranja, roxas, vermelhas e meio acastanhadas. Umas nascem para cima, outras para baixo, outras em molhinhos, outras ainda sozinhas. Mas todas, todas, picam que se fartam. E o que eu gosto!

 

Malaguetas da minha horta

 

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Sex | 16.08.24

Hic!

 

Não sei porque é que em vez de Caipirinha com vodka preta, não chamam a esta bebida Vodkirinha preta. Seja qual for o nome, é a minha preferida no que a caipirinhas diz respeito, principalmente porque fico com a língua preta. Também gosto de comer chocos com tinta.

 

Vodkirinha Preta


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1 lima pequena cortada em quartos

1 colher de sopa de açúcar amarelo

Gelo picado

100 ml de vodka preta

 

Com um pilão amachucar a lima com o açúcar amarelo. Encher o copo de gelo picado e por cima verter a vodka. Mexer para misturar bem e servir.

 


 

Qua | 14.08.24

coleho

 

Não sou disléxica mas há duas ou três palavras que, quando as digito no teclado do computador, saem sempre mal à primeira. Uma delas é coelho, e sim, tive que vir rectificar a palavra porque a que escrevo sempre, mesmo quando estou a pensar no que estou a fazer, é coleho. Sempre!

E com esta informação ficam a saber mais um facto sobre mim, daqueles que não interessam para nada mas que, na realidade, fazem parte do que sou.

Considerem-se uns sortudos, já que nunca tinha dito isto acerca do coleho a ninguém

 

 

Coelho Grelhado

 

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1 coelho (cerca de 1 kg)

4 dentes de alho esmagados

1 malagueta em rodelas finas

Sumo de 1 limão

Carqueja

Sal q.b.

Molho:

100 ml de azeite

3 dentes de alho em rodelas

1 colher de sopa de orégãos

 

Temperar o coelho com os alhos esmagados, a malagueta, o sumo de limão, a carqueja e o sal. Deixar marinar por umas horas ou até ao dia seguinte.

Grelhar na chapa ou no carvão, pincelando de quando em quando com o resto da marinada.

Entretanto levar o azeite ao lume com os alhos e os orégãos e deixar fervilhar em lume lento por uns cinco minutos. Servir com o coelho grelhado, arroz branco, salada de couve e cenouras, pimentos de padron e abacaxi.

Acompanhar com uma sangria bem fresquinha.

 

 

Seg | 12.08.24

do efémero

 

Se pensamos que a torradeira serve apenas para torrar pão, estamos bem enganados.

Provavelmente estas novas formas de usar utensílios apareceram porque as plataformas como tiktok, instagram e outros têm ainda menos do que os proverbiais 15 minutos de fama. Então é uma correria imensa a ver o que é que consegue ser 'the next big thing' e passados dois minutos aparece uma nova e ninguém mais se lembra da anterior.

Não sei se é o caso desta 'tortilha mista' mas que é boa, fácil e rápida de fazer, lá isso é.

 

Tortilha Mista

 

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1 tortilha de trigo (cerca de 20 cms de diâmetro)

2 fatias de queijo gouda

2 fatias de fiambre de peru

 

Colocar o queijo a meio da tortilha, ao alto, e por cima as fatias de fiambre. Dobramos a tortilha, primeiro as bandas sobre o queijo e fiambre, depois a meio para cima (como dobramos uma tshirt, primeiro os lados, depois a meio...). Colocamos na torradeira e deixamos tostar, mais ou menos o tempo que leva uma torrada a fazer. Repetimos caso não fique logo à primeira.

 

Nota: cuidado a dobrar bem a tortilha para que o queijo não derreta para dentro da torradeira.

 

Sex | 09.08.24

desenrascar

 

No outro dia experimentei uma receita nova de bolo de curgete mas o resultado não foi o melhor, o bolo ficou mesmo muito seco e apesar destas temperaturas *ainda* não apetece uma chávena de chá quentinha para ajudar a amolecer o bolo.

Decidi então fazer um pudim de pão só que em vez de pão foi feito com o bolo de curgete. Juntei-lhe também uns pedacinhos de chocolate que, como se sabe, ajuda a elevar o astral, bem necessário por estes dias.

 

"Pudim de Pão" de Bolo de Curgete

 

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Esfarelar as sobras de bolo para um pyrex rectangular de modo a que fique quase cheio. Por cima espalhar cerca de 50 grs de chocolate negro em bocadinhos.

Numa taça misturar

750 ml de leite

3 ovos

150 grs de açúcar

e deitar sobre o bolo esfarelado. Deixar absorver por uma hora à temperatura ambiente (ou mesmo até ao dia seguinte, no frigorífico) e levar ao forno até que fique douradinho por cima.

Servir morno ou quente.

 

Qua | 07.08.24

até apetece

 

Isto não tem ciência nenhuma e é uma excelente opção para um prato sem carne nem peixe. Para mim, que adoro vagens (correndo o risco de me repetir pela 327ª vez, são o meu vegetal favorito de todómundo!) foi uma felicidade saber que também se pode fazer este prato sem ser com ervilhas que, sejamos sinceros, não são lá grande coisa.

Como foi feito a olhómetro, deixo apenas as instruções já que é um prato muito versátil.

 

Vagens com ovos escalfados

 

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Fazer um estrugido com azeite, cebola e alho. Adicionar tomates bem maduros, sem peles nem pevides, orégãos a gosto, um pouco de água e deixar levantar fervura. Adicionar vagens cortadas em pedaços de cerca de cinco centímetros, temperar com sal e gosto e deixar refogar lentamente. Quando as vagens estiverem quase cozidas, abrir uns espaços e deitar os ovos para que escalfem.

Servir com pão para ensopar o molho (ou, querendo ainda mais sustança, um puré de batata).

 

Nota: se quiserem podem adicionar ao estrugido carne defumada e/ou chouriço de carne cortados em bocadinhos

 

 

 

Seg | 05.08.24

vira o disco

 

Já usei esta cobertura com vários tipos de filete, fossem de pescada, solha, peixe espada, etc. Desta vez juntei-lhe nozes e usei filetes de alabote, um peixe que é um bocado como o melhoral, não faz bem nem faz mal...

 

Filetes de Alabote com Cobertura de Nozes

 

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2 filetes de Alabote

1 cebola pequena

1 dente de alho

1 raminho de salsa

1 pão duro seco (ou duas fatias)

2 colheres de sopa de nozes

Sal e Pimenta q.b.

50 ml de azeite

 

Temperar os filetes com sal e sumo de limão. Colocar numa assadeira e reservar.

Triturar a cebola, o dente de alho, a salsa, o pão e as nozes. Temperar com sal e pimenta a gosto e espalhar sobre os filetes de alabote. Deitar o azeite em fio sobre os filetes e levar ao forno por uns trinta minutos.

Servir de imediato com uma salada ou vagens cozidas.