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Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Sex | 27.10.23

Pão por Deus ou “Trick or Treat”?

 

O Pão-por-Deus é uma tradição popular celebrada anualmente no Dia de Todos os Santos em certas zonas do país e desde há centenas de anos. Consideremo-lo o parente antiquado do 'doçuras ou travessuras' do Holloween, tradição anglo-saxónica que se espalhou por todo o lado em anos mais recentes, bastante mais vistosa e, principalmente, mais gastadora já que a oferta de doçaria associada ao tema nos supermercados não deixa ninguém indiferente, as crianças principalmente.

Para o caso de ainda quererem saudar a nossa tradição, deixo aqui uma receita de broinhas que, nas zonas de Mafra, Leiria ou mesmo por todo o Oeste de um modo geral e também lá para cima no Minho e Trás-os-Montes, eram dadas às crianças que pediam o Pão-por-Deus na manhã de 1 de Novembro, dia de finados.

 

"Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós,
Para dar aos finados
Que estão mortos e enterrados
À bela, bela cruz
Truz, Truz!
A senhora que está lá dentro
Sentada num banquinho
Faz favor de s'alevantar
Para vir dar um tostãozinho"

 

Broinhas de Mel, Canela e Erva-doce

 

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450 grs de farinha de trigo
50 grs de farinha de milho
150 grs de açúcar amarlo
1 colher de sopa de canela
1 colher de sopa de erva doce em pó
1 colher de chá de fermento em pó
1 pitada de sal
100 ml de mel
100 ml de azeite
2 ovos pequenos

 * 1 ovo batido para pincelar  *


Aquecer o forno e forrar dois tabuleiros com papel de ir ao forno.

Misturar todos os ingredientes e mexer bem.

Moldar bolinhas do tamanho de nozes e colocar no tabuleiro. Podem ficar próximas porque não crescem muito em volume.

Pincelar com o ovo batido e levar a cozer até estarem douradas, cerca de 15 minutos. Deixar arrefecer numa rede e guardar em latas.

 

 

Qui | 26.10.23

está quase

 

Tenho tomilho. Muito tomilho! Por isso aproveitei para gastar uns cinco raminhos com esta receita. Já só falta gastar outros cinco mil...

 

Arroz de Cogumelos e Salmão

 

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2 colheres de sopa de azeite

1 cebola picada

1 copo de arroz carolino

Sal a gosto

3 copos de água a ferver

 

300 grs de cogumelos fatiados

1 dente de alho esmagado

2 colheres de sopa de azeite

Sal e pmenta q.b.

1 colher de chá de folhas de tomilho fresco

 

2 postas de salmão

Sal q.b.

 

Num tacho alourar ligeiramente a cebola no azeite e adicionar o arroz previamente lavado. Mexer e juntar o vinho branco. Deixar evaporar e adicionar o sal, mexendo para não pegar ao fundo. Juntar a água a ferver e tapar baixando o lume para o mínimo.

Numa frigideira alourar o dente de alho e juntar os cogumelos. Temperar a gosto com sal, pimenta e folhas de tomilho e mexer de vez em quando. O lume deve estar forte para que os cogumelos 'queimem' um bocadinho, dá-lhes mais gosto. Cinco minutos são suficientes para ficarem prontos.

Grelhar o salmão temperado com uns grãos de sal numa frigideira sem gordura.

Quando o arroz estiver praticamente cozido juntam-se os cogumelos e qualquer líquido que tenham largado. Mistura-se bem, tapa-se o tacho e desliga-se o lume deixando repousar uns minutos.

Serve-se com o salmão grelhado.

 

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Ter | 24.10.23

Perishable Thoughts

 

A primeira e única vez que fui aos Estados Unidos foi há mais de trinta anos. Na altura ainda não ligava grande coisa aos cozinhados nem às receitas mas posso afirmar que foi por lá que tudo começou. A minha cunhada, que é americana, tinha imensos livros de receitas e cozinhava bastante bem, tendo até feito um bolo para comemorar um aniversário que era de chocolate e maionese. A loucura!

Que mundo aquele, lembro-me de ter sido um mês de perplexidade, tudo era imenso em todos os aspectos. Os jornais estavam carregadinhos de cupões que se recortavam e faziam com que as compras nos supermercados ficassem por metade do preço! E, muito antes de aqui haver lojas dos trezentos (alguém se lembra?) lá havia Dollar Stores por todo o lado onde todos os artigos custavam apenas um dólar.

Este descascador foi comprado numa dessas lojas (acho que se chamava Dollar Tree), custou-me um dólar e foi usado quase diariamente por mais de trinta anos até que na semana passada se partiu aquela lingueta que une a lâmina ao restante aparelho. Fiquei devastada! A sério, nem sequer consigo explicar como fiquei quando percebi que não havia maneira de voltar a fazer o descascador funcionar. E não, não me venham com a treta de que descascadores há muitos porque já tive oportunidade de experimentar outros e ficam todos a anos-luz.

Depois de uns dias de inacção peguei naquilo para deitar fora quando reparei em algo que nunca tinha visto antes porque a lâmina tapava. A marca! Fui logo para a net procurar por OXO e descobri o site deles e que também podia comprar um descascador exactamente igual via Amazon. Mas esta diatribe não é porque finalmente vou ter outro descascador igual, descascador este que provavelmente até me vai sobreviver. Não. A minha perplexidade tem a ver com ter descoberto apenas quando vi no site da OXO que a ponta do descascador (ver seta vermelha na foto) servia para tirar os 'olhos' às batatas!!!!!

'Deiam-me' com uma marreta mas é!


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(foto do site da OXO)

 

 

Seg | 23.10.23

Olha a novidade

 

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Este ano no meio das curgetes na minha horta apareceu uma planta que crescia em comprimento como as abóboras. Deixei crescer para ver o que era e apesar de apenas ter dado uma peça fiquei muito contente por descobrir que era uma pequena abóbora.

Esta abóbora por cá é conhecida como abóbora-almiscarada embora, de um modo geral, em receitas e blogues de receitas seja referida como abóbora manteiga, numa tradução livre do inglês onde se chama Butternut squash.

É muito rica em vitaminas A e C, potássio, magnésio e fibra. Também é rica em betacaroteno, daí a sua cor muito alaranjada quando está madura.

Vê-se à venda em quase todos os supermercados e é muito fácil de usar em variadas receitas. Uma das maneiras de a preparar é assando-a no forno que foi o que fiz com esta da minha horta.

 

Butternut com Pinhões e Feta

 

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2 colheres de sopa de azeite

1 cebola grosseiramente picada

1 colher de sopa de pinhões

400 grs de abóbora assada com a casca

1 colher de sopa de salva picada

50 grs de queijo Feta

 

Depois de assada descascar a abóbora e cortar em cubos.

Aquecer o azeite e alourar a cebola em lume bem forte para que queime ligeiramente nas pontas. Juntar os pinhões e deixar alourar. Juntar os cubos de abóbora ao estrugido de cebola e pinhões, adicionar a salva picada e mexer para envolver bem. Deitar a mistura numa taça e polvilhar com queijo Feta. Servir com massa cozida.

 

Nota: Já guardei as sementes para o próximo ano, espero que vinguem bastantes pois gosto imenso desta abóbora (e aproveito para reutilizar envelopes da correspondência que chega cá a casa...)

 

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Sex | 20.10.23

mais do mesmo

 

Esta receita tem tudo para ser deliciosa. Por isso entre descobri-la enquanto andava a pastar pelo Pinterest e fazê-la foi um instantinho.

Na calha está uma versão com maçãs. É já a seguir.

 

Bolo Pudim de Feijoas

 

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400 grs de feijoas previamente descascadas

170 grs de golden syrup (ou mel)

2 colheres de sopa de sumo de limão

100 grs de manteiga (usei Becel Cozinha)

1/2 copo de leite

1 colher de chá de extracto de baunilha

200 grs de farinha com fermento

1 pitada de sal

 

Colocar as feijoas, metade do Golden Syrup e o sumo de limão numa caçarola e levar ao lume deixando fervilhar por uns cinco minutos.

Colocar a manteiga na forma e levar ao forno para derreter. Numa taça colocar o restante golden syrup (ou mel) , adicionar a manteiga derretida e o extracto de baunilha e mexer. Juntar a farinha e o sal e envolver de modo a ficar uma massa lisa.

Deitar a massa na forma e por cima espalhar as feijoas e o líquido onde cozeram. Levar ao forno por cerca de 20 a trinta minutos (depende do forno). Retirar, deixar amornar e servir simples ou com uma bola de gelado.

 

Nota: em substituição das feijoas podem ser usadas maçãs ou peras ou figos ou até dióspiros 

 

Qua | 18.10.23

"Feijoca Catarina"

 

A feijoca - Phaseolus coccineus - também chamada feijão-da-espanha ou feijão-de-sete-anos é um feijão branco maior do que o feijão normal e de textura mais macia.

Em Espanha é muito comum nas Astúrias onde é conhecido como Faba e o prato mais característico daquela zona é a Fabada Asturiana, uma espécie de feijoada onde estes feijões a atirar para o gigante são a estrela. Na Grécia também são muito comuns e chamam-se 'fassolia gigantes' o que, está-se mesmo a ver, quer dizer feijões gigantes.

Por cá é cultivada na zona de Manteigas onde até tem direito a uma Confraria (Confraria da Feijoca de Manteigas) e até a saudosa Amália lhe dedicou um verso:

O feijão diz à feijoca
Quando lhe toca a ramada
Dá-me cá uma beijoca
Antes de seres descascada

 

Estufado de Pota com Feijocas

 

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2 colheres de sopa de azeite

1 cebola

2 dentes de alho

1 folha de louro

1 colher de chá de piripiri

2 tomates maduros picados

1 colher de sopa de pasta de tomate

100 ml de vinho branco

250 grs de pota em cubos

1/2 colher de chá de paprica

1/2 colher de chá de açafrão das Índias

1 colher de chá de orégãos

Sal q.b.

400 grs de Feijocas cozidas

Água a ferver q.b.

 

Fazer um refogado com o azeite, a cebola e os dentes de alho picados, a folha de louro e o piripiri.

Logo que a cebola amoleça adicionar os tomates picados e a pasta de tomate (daquela que vem nas bisnagas). Deixar apurar uns minutos e juntar o vinho branco com o lume no máximo para evaporar rapidamente. Juntar a pota em cubos e os restantes temperos (paprica, açafrão, orégãos e sal). Baixar o lume e deixar refogar por cerca de meia hora. Adicionar as feijocas cozidas e cobrir com água a ferver. Verificar os temperos e ajustar se necessário. Deixar ferver mais uns minutos para que os sabores se misturem. Servir com arroz branco e salada.

 

Seg | 16.10.23

Dia Mundial da Alimentação

 

Hoje celebra-se o Dia Mundial da Alimentação sob o lema “Água é vida, água é alimento. Não deixar ninguém para trás”. 

Este dia é celebrado desde 1981 por mais de 150 países e visa o combate ao desperdício alimentar e a consciencialização de todos para esse desperdício e para a fome no mundo. Deviamos ter como mantra nas nossas vidas: não desperdiçar, não desperdiçar, não desperdiçar! 

Não querendo catequizar ninguém (até porque sou adepta de cada um fazer aquilo que ache melhor para si) quero apenas lembrar que o combate ao desperdício pode começar em pequena escala, em nossa casa. Não vamos mudar o mundo mas podemos, cada um de nós, mudar qualquer coisa em nós, na nossa maneira de estar, que ajude, bocadinho a bocadinho, a mudar o estado das coisas. 

Pensem nisso.

 

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(foto daqui)

 

 

Sex | 13.10.23

lá está ela

 

Ó pá a sério, eu realmente... Não é que encontrei mais uma receita maravilhosa de maçã? E só com TRÊS ingredientes?

Processem-me, vá.

 

Tartes de Maçã

 

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1 embalagem de massa folhada (formato rectangular)

Mel q.b.

3 maçãs médias

 

Cortar as maçãs ao meio e retirar o caroço. Cortar cada metade em fatias finas. Cortar a massa folhada em seis rectângulos.

Pôr uma folha de papel de ir ao forno sobre um tabuleiro e colocar seis linhas de mel que depois se espalham com as costas de uma colher. Em cima do mel colocar as fatias de maçã, meia maçã para cada bocado de mel. Por cima das fatias pôr mais um bocadinho de mel em fio. Tapar com um rectângulo de massa folhada e levar ao forno por vinte minutos.

Retirar com uma espátula e virar para um prato.

Para servir podem ser polvilhadas com canela ou acompanhadas de uma bola de gelado de baunilha.

Nota: se quiserem podem pincelar a massa folhada com ovo batido ou leite

 

Qui | 12.10.23

fast food

 

Para uma refeição rápida e saborosa. Embora a lista de ingredientes pareça extensa, é bastante fácil de fazer e com coisas que já não são assim tão estranhas nas nossas cozinhas. Não se acanhem, experimentem coisas novas. Se calhar até gostam e não sabem...

 

Salteado de Novilho e Cenoura

 

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Molho:

2 dentes de alho ralados

1 colher de sopa de gengibre ralado

1/2 copo de molho de soja

1 colher de sopa de mel

2 colheres de sopa de vinagre de arroz (ou cidra)

1 colher de chá de piripiri

1 colher de sopa de óleo de sésamo (ou de girassol)

Restantes ingredientes:

Massa Udon (ou massa chinesa)

2 colheres de sopa de óleo de girassol

2 bifinhos de novilho cortados em tirinhas

1 cebola cortada em meias-luas

2 cenouras grandes cortadas em palitos

Sementes de sésamo para polvilhar.

 

Misturar todos os ingredientes do molho e envolver nas tirinhas de bife. Reservar.

Cozer a massa segundo as instruções da embalagem. Reservar.

Aquecer o óleo de sésamo no wok e saltear a cebola até ficar translúcida. Adicionar a cenoura cortada em palitos finos e mexer. Deixar amolecer por três ou quatro minutos em lume brando e de seguida adicionar a carne e a marinada.

Cozinhar por mais uns três minutos envolvendo bem e juntar a massa cozida e escorrida. Envover bem e servir polvilhado com sementes de sésamo.

 

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Nota: receita inspirada nesta

 

Qua | 11.10.23

Finalmente

 

A primeira vez que comi abacate foi em França, em 1988, em casa de uma pessoa que eu não conhecia mas que tinha convidado os meus amigos para jantar e eu fui por arrasto. Sabem aquela vontade de cuspir a comida de modo a que ninguém visse? Pois, eu tive-a mas não pude fazer nada porque dava muito nas vistas. Foi um dos jantares mais desditosos de que me lembro e acabou por me dar uma moratória de perto de vinte anos até ter vontade de experimentar abacate outra vez.

Aos poucos lá me fui ajeitando aos abacates, primeiro em mousses e outras coisas doces, depois tentando os salgados com o Guacamole, uma das melhores entradas de sempre e agora a usá-los em saladas na maioria das vezes.

Podia ter gostado deles quando eram mais baratos? Podia, mas não era a mesma coisa. Além disso têm-me dado abacates 'a dar com um pau' por isso não sinto que me estejam a ir ao bolso.

Esta é uma das últimas variações. O resto dos tomates coração-de-boi da horta, abacate, cebola roxa e coentros. Maravilha!

 

Salada de Abacate e Tomate

 

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1 abacate maduro (mas sem estar a espapaçar)

1 tomate coração-de-boi

1 mão-cheia de tomates cherry

1 cobola roxa

1 molhinho de coentros

Sal e Pimenta preta q.b.

Azeite e vinagre q.b.

 

Cortar o abacate, o tomate coração-de-boi e a cebola em fatias e os tomates cherry ao meio. Separar as folhas dos coentros e misturar tudo numa taça. Temperar com sal e pimenta e com o azite e vinagre a gosto.

 

Seg | 09.10.23

sopa feliz

 

Embora as temperaturas estejam altas para a época e se calhar até estávamos melhor servidos com um gaspacho do que com uma sopa de lentilhas, a verdade é que durante a noite já estão a condizer com a época. Embora seja raríssimo comer sopa em restaurantes, o certo é que não a dispenso em casa mas apenas ao jantar. Por isso, e na senda da diversidade, aqui fica a mais recente.

 

Creme de Cenoura e Lentilhas

 

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2 colheres de sopa de azeite

1 cebola

3 dentes de alho

2 cenouras grandes

1 batata-doce grande

150 grs de lentilhas cor-de-laranja

750 ml de água a ferver

Sal q.b.

Coentros triturados com azeite para finalizar

 

Aquecer o azeite numa panela e juntar os ingredientes seguintes, da cebola às lentilhas. Mexer e adicionar a água e o sal. Deixar levantar fervura, baixar o lume e cozer por vinte minutos. Triturar com a varinha mágica e servir com o azeite de coentros.

 

 

 

 

Sex | 06.10.23

tesourinhos #29

 

Terminamos a semana com um tesourinho que embora já tenha uns aninhos, nunca cheguei a repetir. Parece-me que está na altura ideal para o fazer.

A receita original foi publicada aqui.

 

Queques de Feijoa

 

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1 e ½ copos de feijoas descascadas e cortadas em pedacinhos

2 colheres de sopa de açúcar amarelo

1 colher de chá de extracto de baunilha

125 grs de manteiga amolecida

¾ de copo de açúcar amarelo

2 ovos

1 e ½  copos de farinha de trigo

1 colher de chá de fermento em pó

1 colher de chá de bicarbonato de sódio

½ copo de leite com uma colher de chá de vinagre (ou sumo de limão)

100 grs de chocolate negro em pepitas ou pedacinhos

 

Aquecer o forno.

Untar 12 formas de queques (se usar das de cartão não é necessário).

Numa taça misturar a farinha com o fermento e o bicarbonato.

Numa tigela misturar as feijoas picadas com 2 colheres de sopa de açúcar e a colher de chá de extracto de baunilha e reservar.

Numa taça bater a manteiga com o açúcar até ficar esbranquiçado e adicionar os ovos, um a um. Adicionar a farinha alternando com o leite com vinagre. Juntar também as feijoas e o chocolate. Mexer para envolver tendo o cuidado de não mexer demais a massa.

Deitar a massa às colheradas nas formas e levar ao forno por cerca de 30 a 40 minutos (verificar com um palito, os fornos diferem uns dos outros).

 

Nota: as feijoas, que nem toda a gente tem, podem perfeitamente ser substituídas por peras maduras, a textura é idêntica, um pouco granulosa, embora o sabor seja bem diferente.

 

Ter | 03.10.23

#feijoas

 

Conforme prometido ontem, esta semana vai ser sobre feijoas. Quer receitas novas quer alguns tesourinhos mais antigos.

Começamos com uma das minhas favoritas: Feijoas em Calda. 

Quem tem ou conhece as feijoas sabe que quando dão, dão. Não se apanham da árvore pois têm a particularidade de cair que nem tordos quando estão prontas para serem consumidas. Todos os dias há uma carrada delas para apanhar sendo que as que caem na relva ficam em melhor estado do que as que caem no cimento.

Tudo muito bonito mas ao fim de algum tempo já chateiam porque mesmo a distribuir não se conseguem gastar com tanta rapidez pois nem toda a gente gosta. Lá descobri que se podem conservar e embora goste imenso delas frescas, não há como um bom frasco de feijoas em calda quando em pleno inverno não temos muita variedade de fruta, além de que um dia destes temos que começar a pedir empréstimos para comprar fruta.

 

Feijoas em Calda


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2 litros de água

750 grs de açúcar

Vagem de baunilha ou pau de canela (opcional)

3 kgs de feijoas descascadas, inteiras

 

Pôr a água com o açúcar e a baunilha ou pau de canela num tacho no fogão e deixar levantar fervura.

Colocar as feijoas e pôr no líquido fervente, deixar fervilhar em lume brando por uns cinco minutos.

Pôr as feijoas em frascos esterilizados até dois terços e acabar de encher com a calda. Tapar de imediato e deixar arrefecer.

Aguentam perfeitamente um ano desde que tenham ficado bem fechadas e a tampa tenha criado vácuo. Depois de abrir devem ser guardadas no frigorífico e ser consumidas numa semana.

 

Nota: não deitem fora as cascas já que há muito que fazer com elas. Eu depois digo

 

Seg | 02.10.23

Feijoa sellewiana

 

A Feijoa (Feijoa sellewiana) também conhecida como Goiaba Ananás já começa a ser um fruto conhecido de muita gente. Embora não se veja ainda à venda em supermercados (já vi há uns anos no Auchan mas era a cerca de 15€ o quilo visto que era uma fruta importada) já é comum em mercados onde os lavradores vendem as suas produções.

Tenho uma Feijoeira há perto de vinte anos que me foi dada por uma amiga e há alturas em que dá tanta fruta que nem sei o que mais lhe hei-de fazer além de comer e dar a quem gosta (nem todos apreciam o sabor mas os que gostam, amam!). Por isso, e porque já conheço bastantes pessoas que têm acesso a feijoas, esta semana vou deixar aqui algumas sugestões acerca do que se pode fazer com elas.

A feijoa possui propriedades antibactericidas, antioxidantes e antialérgicas e é rica em:

Iodo; Vitamina C; Vitamina E; Magnésio; Fósforo; Cobre; Ferro; Cálcio; Potássio; Vitaminas do Complexo B

Ajuda a combater os diabetes devido ao seu conteúdo em fibra;

Ajuda a baixar as inflamações das articulações devido ao alto teor de Cobre;

Ajuda a baixar a pressão arterial devido ao potássio e à sua função vasodilatadora;

Ajuda a combater a anemia devido à sua grande quantidade em ferro;

Ajuda a combater as doenças da boca devido às suas qualidades antibacterianas e antisépticas evitando o aparecimento de aftas;

Ajuda a combater o declínio cognitivo devido à quantidade de ferro e ácido fólico;

Ajuda a promover a saúde do coração, inestinos e ossos, entre outros orgãos do nosso corpo, porque as suas propriedades equilibram o nosso sitema imunitário.

 

Cada 100 g de feijoa contêm cerca de 55 calorias. Receitas em breve!

 

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Nota: a árvore quando está em flor é uma das mais bonitas que há

 

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