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Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Qui | 31.08.23

Cor do Sol

 

Laranja, amarelo, vermelho, verde e branco?  São mesmo cores para o verão e ficam tão bem no prato como na roupa, aliás, se houvesse um tecido com um estampado como o que apresenta este prato, eu era capaz de o vestir! 

 

Omelete com Salada

 

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2 ovos

Sal e Pimenta q.b.

1 tomate coração-de-boi

1/4 de abacate

25 grs de queijo Feta

Azeite e Vinagre Balsâmico e  Orégãos q.b.

 

Cortar o tomate, abacate e queijo em cubinhos. Temperar com sal, azeite, vinagre balsâmico e orégãos.

Bater os ovos e temperar com sal e pimenta a gosto.

Aquecer uma frigideira antiaderente e fritar a omelete espalmada (um minuto ou dois são suficientes). Colocar a omelete num prato e por cima amontoar a salada de tomate, abacate e queijo Feta.

Bom apetite.

 

Ter | 29.08.23

Nhack!

 

Quando precisamos de um impulso extra de energia, seja porque fazemos exercício físico, andamos na lavoura ou estamos a abobrar na praia ou no campo, nada melhor do que uma barrinha destas. São facílimas de fazer, não requerem forno ou fogão (pronto, precisamos de derreter o chocolate mas o microondas faz isso em trinta segundos), não levam açúcar ou outro substituto e embora sejam gordalhufas por causa dos frutos secos, são verdadeiros 'shots' de energia e vitalidade já que as gorduras presentes neste tipo de frutos e sementes são consideradas saudáveis, como o Omega-3, ajudando a baixar os níveis de colesterol mau e a subir os níveis do bom e prevendo o aparecimento de doenças cardiovasculares. Consumir com moderação (seja ela quem for...)

 

Barrinhas com cobertura de Chocolate

 

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200 grs de frutos secos (usei castanha do maranhão, noz, noz-pecã, pevides de abóbora, sementes de girassol e uvas passas)

50 grs de flocos de aveia

75 grs de manteiga de amendoim

Cobertura:

100 grs de chocolate para derreter

1 colher de chá de óleo de coco

Coco ralado para polvilhar

 

Triturar a mistura de frutos secos num robot de cozinha, adicionar os flocos de aveia e a manteiga de amendoim e triturar mais um pouco para que fique uma pasta moldável.

Forrar um tabuleiro (25X35 cms) com papel vegetal e espalmar a pasta de frutos secos e aveia de modo a que fique com uma espessura uniforme.

Derreter o chocolate com o óleo de coco e deitar esta mistura sobre a mistura anterior. Polvilhar com coco ralado (polvilhei metade, a outra metade ficou simples). Deixar solidificar no frigorífico e uma vez pronto cortar em barrinhas com o tamanho desejado. Guardar num recipiente hermético no frigorífico até um mês.

 

Seg | 28.08.23

Hã???

 

Não tenho conta de TikTok nem procuro as coisas que por lá se passam mas de vez em quando, em fóruns ligados a receitas e a comida no geral, aparecem algumas pérolas que agora, no meio desta pressa em que vivemos, se tornam virais. Talvez ainda tenham menos tempo de antena do que os proverbiais quinze minutos de fama mas algumas conseguem durar tempo suficiente para eu dar por elas.

É o caso da 'Shaved Frozen Fruit' ou, como quem diz em trocado por miúdos, fruta congelada raspada. E que ideia peregrina me pareceu. Experimentei, que isto de ter um blogue de receitas obriga a certos sacrifícios em nome dos leitores, e só vos posso dizer que mesmo que não prestasse para nada apenas tinha estragado um pêssego. Mas como afinal é bem bom, e fácil de fazer, foi um momento de muita gratidão, como agora se diz por dá cá aquela palha.

 

Raspadinha de Pêssego

 

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1 pêssego congelado

 

Raspar o pêssego congelado, inteiro e com a pele, num raspador de citrinos ou num Microplane.

Servir de imediato com um fio de mel ou, como fazem nesses tiktoks da moda, com um fio de leite condensado.

Servi sobre iogurte, sem mais nada, e foi um belo pequeno-almoço.

 

Nota: pode ser com outras frutas: manga, quivi, morangos, etc.

 

 

Sex | 25.08.23

remeniscências

 

Quando andava no ciclo, naquela idade em que ríamos das coisas mais absurdas e palermas (ok, ainda faço isso mas o ponto aqui é que quando temos doze anos tendemos a fazê-lo mais) achava um piadão a uma brincadeira que um colega da escola fazia quando lhe perguntávamos se gostava de maracujá e ele respondia: mara não, cu já! E pronto, era isto. Nunca mais me esqueci.

Se tiverem maracujás para gastar (que não tenham ficado todos queimados com o calor) podem fazer este creme que é uma delícia bem fresquinho. Não leva leite nem ovos e mesmo o açúcar pode ser substituído por outro adoçante, xarope de ácer por exemplo ou de agave. Eu fiz com açúcar que o édito que bane esse criminoso da minha vida ainda não chegou cá a casa, provavelmente porque agora os correios só fazem entrega uma vez por semana ou menos. É o que temos.

 

Creme de Maracujá (Vegan)

 

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125 ml de bebida vegetal de amêndoa

50 grs de açúcar

2 colheres de chá bem cheias de farinha Maizena

1 pitada de curcuma (opcional)

Sumo e polpa de seis maracujás (coar se não pretender tantas sementes)

Sumo de meio limão

 

Misturar todos os ingredientes num tachinho (incluir algumas sementes de maracujá caso tenhamos coado o líquido mas queiramos que apareçam de onde em onde) e levar a lume brando mexendo sempre com uma vara de arames ou colher de pau até engrossar.

Usar de imediato ou deitar num frasco e guardar no frigorífico por uma semana.

Excelente para fazer trifles ouu outros doces de camada , para pavlovas ou cheesecakes. Ou para comer à colher, a escolha é vossa.

 

Qui | 24.08.23

Rolo

 

Quando está muito calor o forno é a última coisa que apetece ligar mas por vezes queremos coisas que é costume fazer no forno.

Não desesperem. Se quiserem fazer rolo recheado, o tacho é a solução!

Por alguma razão os tachos de ferro fundido são conhecidos como 'forno holandês' (ou será neerlandês?) A sua composição bem compacta aliada a uma tampa do mesmo material faz com que o calor se distribua de forma uniforme e se mantenha por mais tempo, criando dentro do tacho o ambiente de um forno. Único senão: São mesmo muito pesados!

 

Rolo de Carne Picada Recheado com Queijo

 

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Rolo:

750 grs de carne picada

1 fatia grossa de pão de miolo branco e côdea mole

150 ml de leite

1 colher de chá de coentros em pó

1 colher de chá de paprica ou colorau em pó

1 colher de sopa de orégãos frescos picados

1 colher de sopa de molho inglês

Sal q.b.

Extras:

100 grs de queijo ralado

400 ml de molho de tomate caseiro

 

Amolecer o pão no leite, esmigalhar e adicionar à carne (usei novilho, porco e peru). Misturar com os restantes ingredientes do rolo e envolver bem.

Estender uma boa porção de película aderente na bancada e colocar lá a mistura de carne. Estender com as mãos até formar um rectângulo, polvilhar com o queijo ralado (usei mozarela, chedar e manchego) e enrolar com a ajuda da película aderente.

Deitar o molho de tomate no fundo do tacho e com cuidado colocar o rolo sobre o molho. Levar ao lume, tapado, e deixar cozinhar por cerca de quarenta minutos.

Se sobrar alguma carne, como foi o meu caso, fazer umas almôndegas e juntar ao rolo.

 

Nota: fazer um molho de tomate com cebola, tomate bem maduro, um pouquinho de vinho branco, sal e ervas aromáticas como orégãos, tomilho ou basílico.

 

Qua | 23.08.23

Perishable Thoughts

 

A Pera-melão ou Muricato (Solanum muricatum) é da mesma família de plantas do tomate, beringela, pimentos e mesmo da batata. É uma planta perene das regiões Andinas (Chile, Peru, Bolívia e Colômbia) e actualmente é cultivada em variadas regiões do globo como o Vietname, Suíça, Japão ou as Ilhas Canárias e veio para a Europa pelas mãos dos espanhóis lá por meados do sec. XVIII.

É uma fruta macia e suculenta quando está madura, como as peras, e embora por cá lhe chamem pera-melão, noutros países é conhecida como pepino-melão. Tem um formato oval e quando está madura começam a aparecer umas riscas púrpura ao alto que vão escurecendo quanto mais madura está. Não traz um mosquito agarrado como esta da foto, neste caso foi um bónus 

Pode-se comer com a casca e tem bastas propriedades para a saúde das quais se podem salientar:

  • Rica em antioxidantes, vitamina C, vitamina A e beta-caroteno;
  • Potencia o fortalecimento do sistema imunitário;
  • Ajuda a combater a diabetes;
  • É energizante (uma espécie de Red Bull sem lata!);
  • Ajuda a reduzir o colesterol devido ao seu alto teor de fibra;
  • Rico em potássio, ajuda a regular a tensão;
  • A grande quantidade de fibra ajuda a remover as toxinas e manter um fígado são;
  • Ajuda a combater a prisão de ventre;
  • Alivia dores de corpo (já para as de alma não é tão eficaz...)
  • Ajuda a perder peso pois mantém o corpo saciado por mais tempo.

Só coisas boas!

 

Pera-Melão

 

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Ter | 22.08.23

Brincos de Salmão?

 

Esta deve ter sido uma das marinadas mais fáceis de fazer e com mais sabor de que me lembro. Embora goste de salmão grelhado à posta sem qualquer extra a não ser o sal, também aprecio salmão com outros sabores especialmente se forem aqueles lombos. Gosto de comprar os que trazem a pele e fritar primeiro desse lado até ficar esturricado. Há quem faça uma espécie de torresmos com a pele do salmão e imagino que aquilo seja bem crocante.

A única coisa que tenho com pele de salmão é um par de brincos que me trouxeram da Islândia. Eu nem sequer sabia que a pele do salmão podia ser curtida como são as de outros animais como cabras e afins. Sempre a aprender.

 

Salmão com Molho de Mostarda e Mel

 

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1 colher de sopa de mostarda

1 colher de chá de mel

2 dentes de alho ralado

Sumo de um limão

1 pitada de chilli ou piripiri

Sal qb.

2 lombos de salmão

1 colher de sopa de azeite

 

Misturar os ingredientes numa taça e envolver os lombos de salmão. Deixar no mínimo por uma hora.

Aquecer uma colher de sopa de azeite e fritar os lombos de salmão de ambos os lados até estar no ponto desejado de cozedura.

Servir com batata cozida e uma salada.

 

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Sex | 18.08.23

à borla!

 

No outro dia uma amiga desafiou-me a ir apanhar amoras ali para a Bioria. Lá fomos bastante equipadas mas não o suficiente porque apanhar amoras não é pera doce e eu tenho os milhentos arranhões nos braços e mãos para o comprovar. Para a próxima temos de ir com um fato-de-macaco de couro e galochas, só assim podemos escapar aos picos. Mas havia imensas amoras e o melhor é que são à borla e não há coisa que goste mais do que conseguir borlas da natureza.

Em pouco tempo apanhei cerca de um quilo. Já fiz um crumble (a receita vem um dia destes) e com o resto aproveitei para fazer este doce rápido. Não é como aquelas compotas que aguentam um ano sem se estragarem, este doce deve ser guardado no frigorífico e gasto num mês ou pouco mais. É facílimo de fazer e super rápido por isso, se passarem num silvado que as tenha a reluzir de maduras, apanhem e experimentem.

 

Doce de Amoras Silvestres

 

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450 grs de amoras

1 colher de sopa de sumo de limão

3 colheres de sopa de açúcar

2 colheres de sopa de sementes de chia

 

Levar as amoras com o sumo de limão ao lume num tachinho, deixar levantar fervura e esmagar a maioria com um garfo. Adicionar o açúcar e deixar fervilhar por uns vinte minutos. Desligar o lume e adicionar as sementes de chia. Mexer bem e deitar o doce em frascos esterilizados (deu dois médios), tapar e deixar arrefecer. Guardar no frigorífico.

 

Qui | 17.08.23

nda se perde

 

Aqui há duas ou três semanas esteve muito vento, mais do que é normal por esta altura em que as nortadas são o pão nosso de cada dia. Algumas peras da minha pereira cairam, ainda verdes para comer mas grandes o suficiente para eu já não as conseguir deitar fora.

Decidi experimentar fazer marmelada de pera e cá está a prova que mesmo a fruta que cai ainda verde pode (e deve) ser aproveitada. Estou à espera que as maçãs também comecem a cair para experimentar uma versão com maçãs.


Marmelada de Pera e Gengibre

 

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500 grs de peras sem casca

200 grs de açúcar

1 pedaço de gengibre

 

Colocar as peras, o açúcar e o gengibre cortado em rodelas num tacho e deixar cozer por cerca de meia hora. De seguida triturar tudo com a varinha mágica e levar novamente ao fogão, em lume muito brando, para fervilhar e secar a mistura. Cuidado porque forma aqueles 'vulcões' que podem espirrar para as mãos e braços. Deixar apurar durante uns dez minutos mexendo assiduamente.

Deitar em taças, tapar com papel vegetal ensopado em aguardente e deixar secar num parapeito por uma ou duas semanas.

 

Nota: fiz pouca quantidade porque não sei se esta marmelada se aguenta como a de marmelos (encontrei ontem uma taça já com dois anos esquecida num armário e está perfeita!)

 

Qua | 16.08.23

DIY

 

Tenho uns amigos na Nova Zelândia que conheci quando viviam na Suiça e viajavam para Portugal por razões profissionais. Já nos conhecemos há perto de vinte anos e, apesar de agora terem regressado ao seu país natal, o que torna mais difíceis os encontros, e de não usarem redes sociais, continuamos a trocar mails e fotografias, nomeadamente da produção das nossas hortas e de receitas que nos parecem interessantes. O Neil é o que liga mais à horta e cozinha ao passo que a Ann é mais chegada ao jardim, ganhando inclusive concursos locais de arranjos florais.

No outro dia o Neil enviou uma foto de uns frascos com mostarda feita por ele. Pedi logo a receita porque além de gostar bastante de mostarda, quando leio os ingredientes nos rótulos das que se vendem nos supermercados, aquilo leva montes de coisas das quais a mostarda é um ingrediente muito reduzido [eu sou aquela pessoa que anda às compras e lê todos os rótulos, faz comparações entre marcas e marcas-brancas, imagina se poderia fazer aquilo em casa e por aí fora...]. O Neil enviou logo a receita e cá está a mostarda que agora tanto está no meu frigorífico como num frigorífico da Nova Zelândia.

 

Mostarda de Limão

 

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100 grs de sementes de mostarda

1 colher de sopa de grãos de pimenta preta

1/2 copo de sumo de limão

1/2 copo de vinho branco

1/2 copo de óleo de girassol (ou azeite extra-virgem)

1 colher de chá de sal

1 colher de chá de açúcar

1 colher de chá de curcuma (açafrão das Índias)

 

Colocar todos os ingredientes num recipiente, pode ser num frasco, e deixar de um dia para o outro.

No dia seguinte triturar no liquidificador ou com a varinha mágica (que foi o que usei) até ficar uma espécie de puré e passar para frascos mais pequenos. Guardar no frigorífico.

 

Nota: as sementes de mostarda existem à venda em super/hipermercados

 

Seg | 14.08.23

já me convenceu

 

Chocolate ao pequeno-almoço? Se é para isto, acordem-me!

 

Aveia com Iogurte e Manteia de Amendoim

 

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100 grs de iogurte grego

200 ml de bebida vegetal de amêndoa

1 colher de sopa de sementes de chia

5 colheres de sopa de flocos de aveia

Misturar todos os ingredientes num recipiente, mexer e deixar no frigorífico por umas horas (ou durante a noite).

 

2 colheres de chá de manteiga de amendoim

2 quadrados de chocolate derretidos

 

Colocar metade da mistura de aveia num copo e por cima espalhar uma colher de chá de manteiga de amendoim, daquela mais líquida. De seguida espalhar uma colher de chá de chocolate derretido. Voltar a repetir com os restantes ingredients e levar ao frio por uns minutos para que o chocolate fique durinho.

Bom apetite!

 

Nota: A receita veio daqui

 

Qua | 09.08.23

meh...

 

Gosto muito de ter cor no prato, quanto mais variada melhor e como parece que não é lá grande ideia comer pratadas de smarties, m&m's ou pintarolas, temos que ser inventivos para ter uma alimentação colorida. Desta vez com uma omelete feita com ovos caseiros que são tão amarelos que parecem ter levado com uma pitada de açafrão das Índias. Mas não. Já o arroz, esse levou e fica mesmo bonito.

O tomate mais apetecido da estação é o coração-de-boi e este ano tive sorte que a maioria cresceu sem grandes arejos embora seja uma luta porque como vivo perto de indústrias químicas, há muitas manhãs em que acordamos para as folhas das plantas e árvores com ar queimado e pensamos no que anda a acontecer enquanto dormimos... mas não liguem, hoje é quarta-feira, o dia mais chocho da semana e parece que tenho o espírito a condizer.

 

Omelete com Espinafres e Queijo

 

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1 colher de chá de azeite

1 mão-cheia de folhas de espinafre

2 colheres de sopa de queijo ralado (usei mozarela)

Sal e pimenta q.b.

2 ovos

 

Bater os ovos numa taça.

Aquecer o azeite numa frigideira antiaderente e saltear os espinafres até que amoleçam ligeiramente, um ou dois minutos é suficiente. De seguida polvilhar o queijo sobre os espinafres e temperar com sal e pimenta a gosto. Mal o queijo comece a derreter, deitar os ovos batidos na frigideira e voltear para que cubram toda a base. Dobrar a omelete e servir com arroz e salada de tomate coração-de-boi com orégãos.

 

Sex | 04.08.23

Pavlova take #2

 

A primeira vez que tentei fazer uma Pavlova foi em 2010 e não correu nada bem. Treze anos depois aqui está uma nova tentativa, esta muito mais em linha com o que uma Pavlova deve ser (na realidade são claras batidas em castelo com açúcar...)

Não fazer confusões, a Pavlova não é a mulher do Pavlov embora haja quem possa ser treinado em reflexos condicionados com a visão de uma Pavlova. Eu não. Posso já dizer que apesar de não ter desgostado não é coisa que me faça salivar, à semelhança de outras sobremesas com claras como o Molotof ou os suspiros. Têm ar a mais e eu sou pela sustança.

Embora a Pavlova seja considerada uma sobremesa inventada por um cozinheiro na Nova Zelândia para homenagear a bailarina russa Anna Pavlova em 1926 quando fez um périplo pela Nova Zelândia e Austrália, este país também clama ser sua a invenção desta sobremesa. É a sobremesa de eleição nas mesas de Natal destes dois países. Guerras de propriedade à parte parece que afinal nenhum deles pode vangloriar-se pois existem registos de sobremesas parecidas com a Pavlova em mil oitocentos e carqueja na Alemanha.

Seja como for, só se chama Pavlova porque uma bailarina russa andou a saltitar pela Oceânia e alguém lhe quis dedicar um doce. Se fosse a mim, seria bolo de maçã na certa!

 

Pavlova de Frutos Vermelhos

 

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5 claras à temperatura ambiente (cerca de 160 grs)

200 grs de açúcar

2 colheres de chá de farinha Maizena

1 colher de chá de vinagre de sidra

200 grs de natas para bater

Frutos vermelhos e maracujá q.b.

Açúcar em pó para polvilhar

 

Misturar o açúcar com a farinha maizena.

Bater as claras e adicionar em colheradas a mistura de açúcar e maizena. De seguida adicionar o vingre e continuar a bater até formar um merengue brilhante, no todo estiveram a bater cerca de dez minutos.

Deitar o merengue no tabuleiro forrado com papel vegetal formando um círculo com cerca de vinte centímetros e tentando deixar as laterais um pouco mais altas. Levar a forno quente a 120ºC (o meu não tem medidor e deixei-o no mínimo calor possive - mais mínimo e apagava...) e deixar cozer por uma hora e quinze minutos SEM NUNCA ABRIR A PORTA DO FORNO! (desculpem os berros mas esta parte é mesmo importante).

Desligar o forno (sem abrir a porta) e deixar a pavlova lá dentro por umas horas ou, de preferência, até ao dia seguinte.

Bater as natas em chantilly. Não acrescentei açúcar porque tudo o resto já é doce que chegue mas se quiserem podem pôr cinquenta gramas nas natas antes de bater.

Deitar o chantilly na pavlova e por cima dispôr frutos vermelhos e a polpa do maracujá. Polvilhar com açúcar em pó e servir.

 

Nota: usei claras daquelas vendidas em pacote

 

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Qui | 03.08.23

Extreme Makeover

 

Quem vos disse que umas sobras de puré, meio peito de frango de churrasco e mais qualquer coisinha não davam para fazer algo completamente diferente enganou-vos bem. Aqui está a prova!

 

'Hambúrgueres de Frango'

 

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1 cebola picada

1 colher de sopa de azeite

1/2 peito de frango de churrasco

150 grs de puré de batata

1 ovo

2 colheres de sopa de farinha

1 raminho de salsa

Sumo de meio limão

Pimenta preta q.b.

 

Aquecer o azeite e amolecer a cebola, não é necessário alourar, apenas que fique transparente.

Triturar o frango e adicionar a cebola amolecida, o puré de batata, o ovo, a farinha e a salsa picada. Mexer e temperar com o sumo de limão e a pimenta ou outro condimento a gosto.

Moldar quatro hambúrgueres e fritar numa frigideira antiaderente untada com azeite até alourar.

Servir com uma salada.

 

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Ter | 01.08.23

Promessa é dívida

 

Como diz o outro, "promessa é dívida" e por isso cá deixo hoje a receita da pizza que fiz com a massa que leva apenas dois ingredientes.

O queijo que usei desta vez, além do mozarela que é um queijo que derrete sempre muito bem, foi queijo Burrata - a palavra burrata vem de burro (manteiga em italiano). E na verdade este queijo é tão cremoso que mais parece manteiga e como agora há à venda em quase todos os supermercados, não há desculpa para não o experimentar.

 

Pizza Rústica de Burrata

 

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1 base de pizza (pode ser de compra)

4 dentes de alho ralados

100 ml de azeite

Tomates bem maduros (usei 12 tomates Cherry)

Orégãos

Queijo Mozarela ralado (100 grs)

Queijo Burrata (200 grs)

 

Aquecer o azeite e alourar os alhos sem deixar queimar. Retirar um pouco do azeite para pincelar a base da pizza e ao restante adicionar os tomates cortados ao meio caso sejam pequenos ou em bocados se forem maiores, deixando amolecer e criar molho. Adicionar orégãos a gosto e espalhar na base da pizza que já foi pincelada com o azeite de alho.

Espalhar queijo mozarela ralado sobre o molho de tomate e dispôr o queijo burrata em pedaços separados com as mãos, não com uma faca. Polvilhar com mais orégãos e levar ao forno por cerca de trinta minutos.

Servir com uma salada.

 

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