As almôndegas são um prato facílimo de fazer e embora seja mais fácil pegarem numa embalagem no supermercado já com elas feitas prontas a ir para o tacho, tirem lá uns minutinhos e comprem antes carne picada a vosso pedido, depois temperem a gosto e formem as bolinhas. O resto façam como é costume fazerem ou sigam esta ou outras receitas do blogue. Mas façam-nas vocês, até porque se forem ler os ingredientes das compradas verão que estão carregadinhas de E's e sulfitos.

E sulfitos, já que tem que ser, prefiro no vinho...

Almôndegas de Peru

500 grs de carne de peru picada

1 fatia de pão demolhada em leite

1 ovo

1 dente de alho ralado

1 colher de sopa de molho Inglês

1 colher de chá de molho de piripiri

1 colher de chá de sumagre (ou sumo de limão)

1 raminho de salsa

1 colher de sopa de orégãos (usei frescos)

Sal q.b.

500 ml de molho de tomate

Folhas de manjericão

Numa taça misturar a carne, o pão espremido do excesso de leite, o ovo, o alho ralado, molho inglês, piripiri e sumagre. Adicionar a salsa e os orégãos picados e temperar com sal. Misturar bem e moldar a massa em bolas mais ou menos do tamanho de bolas de golfe.

Deitar o molho de tomate num tacho e colocar as almôndegas no molho. Salpicar com umas folas de manjericão e levar ao lume, tapado, até estarem cozidas. Verificar os temperos se necessário.

Servir com massa, puré ou arroz.

Nota: O sumagre é um tempero  muito utilizado no Médio Oriente e no Mediterrâneo para adicionar acidez às saladas e marinadas; pode ser substituído por sumo de limão ou vinagre, entre outros. Em Portugal ainda é cultivado na zona de Vila Nova de Foz Côa e Bragança

Tenho familiares do Porto, nascidos e criados na zona da Foz, e sempre os ouvi chamar Iscas ao que o resto do país chama Pataniscas. Iscas de bacalhau, Iscas de polvo, sempre foram tratadas como iscas. Por isso, sempre que os ouço dizerem: hoje foi iscas, sei logo que não foi daquelas que eu abomino, as de fígado.

Alguém já tinha ouvido chamarem iscas às pataniscas?

Pataniscas de Polvo

2 cabeças de polvo (pequeninas, cerca de 200 grs)

1 cebola pequena

1 raminho de salsa ou aneto (ou ambos)

2 colheres de sopa bem cheias de farinha de grão-de-bico

1 ovo

75 ml de água das pedras (ou cerveja)

Sal e pimenta q.b.

Picar muito bem cebola e ervas, cortar o polvo bem pequenino, juntar todos os ingredientes e mexer bem. Fritar às colheradas em óleo de girassol.

Servir com salada fria de batata com molho de iogurte e aneto.

Não sei como sobrevivi até aos 30 anos sem ter comido cheesecake. A primeira vez que comi (e as seguintes trezentas e vinte e sete) foi num pequeno restaurante na rua de Entrecampos chamado As Madalenas, onde costumava almoçar com colegas de trabalho. Gostei tanto daquilo que atazanei a cabeça da dona do restaurante até me ter dado a receita, que era feita com requeijão.

Isto foi nos primórdios do meu interesse por receitas, se calhar devo-o ao "Cheesecake às Madalenas", que era como se chamava. A partir daí já experimentei imensas receitas de cheesecake, umas de ir ao forno, outras não mas a minha favorita, quer na maneira prática de a preparar (não leva base de qualquer tipo) quer pelo sabor é esta ou uma qualquer versão desta, consoante os ingredientes que tenho no frigorífico.

Cheescake à moda do dia

1 embalagem (200 grs) de queijo-creme

1 embalagem (250 grs) de queijo Quark

200 grs de iogurte grego

3 ovos

100 grs de açúcar

1 colher de chá de extracto de baunilha

Misturar bem todos os ingredientes numa taça (pode ser à mão, com a batedeira, com a varinha mágica, sem stresse).

Molhar uma folha de papel vegetal e espremer para retirar o excesso de água (obrigada Jamie Oliver pela melhor dica ever!). Forrar uma forma com o papel (usei uma forma redonda de 20 cms) e deitar a massa dentro da forma.

Levar ao forno por uma hora mais ou menos. Verificar se está cozido embora no meio ainda deva estar ligeiramente a abanar; acaba de cozer entretanto. Retirar do forno, deixar arrefecer completamente e levar ao frigorífico por umas horas. Desenformar e servir.

Nota: não está queimado, é mesmo assim que deve ficar mas se não apreciarem (ou se acharem que as visitas vão pensar que vocês não percebem nada disto) o melhor é tapar com um pedaço de papel de alumínio a meio da cozedura.

Hoje deixo o prato completo. Principal e acompanhamento (mas se querem a minha opinião, se me dessem apenas o acompanhamento eu não me queixava. Nadinha!)

Entrecosto com Laranja

1 kg de entrecosto, separado em costelas
3 dentes de alho
Sal q.b.
1 colher de sopa de piripiri
1 colher de sopa de orégãos
Sumo de 1 laranja
1 cebola
200 ml de vinho branco
200 ml de água
1 fio de azeite
1 laranja

Ralar os alhos com o sal, piripiri e orégãos. Temperar o entrecosto com esta mistura e o sumo de laranja  e reservar até ao dia seguinte.

Levar ao forno por uma hora e meia numa assadeira com uma cebola cortada em meias-luas, 200 ml de vinho branco e 200 ml de água e uma laranja cortada em rodelas.

Batatas esmagadas com coentros

Batatas pequenas cozidas com a pele em água com sal

1 raminho de coentros picados

Azeite q.b.

Misturar os coentros e azeite numa taça.

Esmagar as batatas cozidas com o fundo de um copo e colocar num pyrex. Envolver na mistura de coetros e azeite e levar ao forno por cerca de uma hora.

Tenho um fraquinho por queijo Feta. Acho que é bom de todas as maneiras, seja cozinhado seja ao natural. Quando vi esta salada grega de alface tive logo que experimentar porque: a) é uma salada - só pode fazer bem; b) tinha os ingredientes todos na horta e c) leva queijo Feta. Acho que o abecedário usado para esta salada é mais do que suficiente.

Salada grega de Alface (Maroulosalata)

1 alface romana

1 cebolinha (ou cebola pequena)

1 ramo de aneto

50 grs de queijo Feta

Azeite q.b.

Sumo de limão q.b.

Cortar a alface e a cebolinha em tiras, bem como o aneto. Misturar numa taça e por cima esfarelar o queijo Feta. Temperar com azeite e sumo de limão e mexer bem. Servir como prato principal ou como acompanhamento.

Nota: adicionei meia dúzia de folhas de beldroegas que já começam a aparecer pela horta

Uma das coisas que mais aprecio em Espanha é ir tomar uma bebida e a dita vir sempre acompanhada com uma tacinha com qualquer coisa para acompanhar. Já me serviram batatas fritas de pacote, azeitonas, 'montaditos' (fatia de pão com algo em cima), dobrada, empanadas e, uma das minhas favoritas, salada russa. Mas salada russa à moda deles. Maravilhosa.

Aqui fica uma versão.

'Ensaladilla Rusa'

3 batatas

1 cenoura

2 ovos cozidos

50 grs de picles

1 lata de atum

5 filetes de anchovas

100 grs de iogurte grego

Azeitonas e Pimento para enfeitar

Maionese:

1 ovo

1 colher de sopa de mostarda

150 ml de azeite

1 colher de sopa de vinagre de sidra

3 filetes de anchovas

Cozer as batatas e cenouras cortadas em bocadinhos pequeninos e uniformes. Adicionar também os ovos. Escorrer e deixar arrefecer.

Fazer a maionese colocando todos os ingredientes no copo da varinha mágica e triturando por uns 30 segundos até ficar um creme denso. Reservar.

Misturar as batatas e cenouras cozidas com os ovos picados, os picles também picadinhos, o atum esfarelado e os filetes de anchova picadinhos ou desfeitos com um garfo.

Misturar a quase totalidade da maionese [reservar duas colheres de sopa] com o iogurte grego e envolver na salada, misturando muito bem. Colocar numa taça e por cima espalhar a restante maionese. Enfeitar a gosto e servir à temperatura ambiente ou bem fresco.

Desde que comecei a interessar-me por receitas, sempre tive o sonho de ter uma frigideira daquelas que vai ao fogão e ao forno sem queimar ou derreter as pegas. Eu sei que para sonho é muito básico e se calhar ia melhor servida se o meu sonho fosse ter um carro de alta cilindrada (mas adoro o meu nissan micra) ou um iate todo xpto (mas não sou lá grande adepta de água debaixo dos pés) ou uma casa numa ilha paradisíaca (só que não sou muito fã de ter água a toda a volta) mas 'deiam-me' uma sertã e já fico feliz da vida.

Isto para dizer que já tenho uma dessas, das que vai a todo o lado e não se derrete. É uma frigideira de aço de carbono e foi baratucha (menos de 30€), considerando que aquelas que eu sonhava mesmo custam um balúrdio, para cima de 200 euros!

Tive que a 'temperar' já que a parte anti-aderente somos nós que temos que a criar, conforme vem nas instruções (e há tantos filmes no youtube a explicar como que não tive azar nenhum).

E, para provar que esta vai mesmo ao forno e vem de lá toda catita, até fiz um bolo nela, só para provar que aquilo é mesmo o que prometia ser.

Bolo de Maçã com Farinha de Espelta Integral (na sertã)

2 ovos

1 copo de açúcar amarelo

1/2 copo de óleo de girassol

1/2 copo de leite com 1 colher de chá de vinagre

1 colher de chá de baunilha

1 copo de farinha de espelta integral

1 copo de farinha de trigo com fermento

1 colher de sopa de canela

1 colher de chá de fermento em pó

1 colher de chá de bicarbonato de sódio

3 maçãs descascadas e raladas

Numa taça juntar os ovos, açúcar, óleo, o leite com vinagre e a baunilha e mexer bem. A esta mistura junta-se a farinha, canela, fermento e bicarbonato. Mexe-se sem bater demais e acrescentam-se as maçãs.

Põe-se a massa numa forma untada com margarina e vai ao forno cerca de 50 minutos, convém ir verificando a partir dos 30 minutos pois estas coisas dependem sempre do forno. Como o meu é do mais básico que há, sem temporizador, nem luz, nem ventoinha, nem temperaturas, essas modernices, eu estou sempre à coca de palito em riste a ver quando o bolo está cozido.

Servir com uma bola de gelado de baunilha.

Adoro comida picante, daquela que faz suar o 'bigode'.

Estas asinhas (que são a melhor parte do frango, na minha humilde opinião) são picantes mas além disso são super deliciosas, com os vários sabores a unirem-se numa mistura que faz dançar as papilas gustativas.

Se se sentirem corajosos, esta é a receita a experimentar.

Aviso à navegação: Estas asinhas não são para meninos...

Asinhas Picantes

1 embalagem de asas de frango do campo

1 colher de sopa de óleo de sésamo

2 colheres de sopa de molho de piripiri

2 colheres de sopa de molho de soja

1 colher de sopa de vinagre de arroz

1 colher de sopa de mel

2 dentes de alho ralados

1 colher de sopa de óleo de girassol (para fritar)

Misturar numa taça as asinhas e os restantes ingredientes da marinada, mexer e deixar repousar por uma hora.

Aquecer o óleo de girassol numa frigideira e fritar as asinhas em lume forte com uma tampa na frigideira (reservar a marinada mesmo que seja pouca). Não esquecer de virar as asinhas. Estas devem ficar bem tostadinhas, talvez algo queimadas, mas sem exagerar.

Ao fim de quinze minutos, colocar a marinada na frigideira, mexer e deixar evaporar, agora sem a tampa.

Servir quente como petisco ou como refeição.

Atenção ao picante, é a sério!

Nota: receita adaptada daqui

Quase podíamos dividir o mundo em dois, como fizeram portugueses e espanhois lá para os idos de mil quatrocentos e carqueja com o tratado de Tordesilhas, com os que gostam de coentros e os que os odeiam. Os que gostam, felizes da vida, comem-nos de qualquer maneira e não há ameijoas à Bulhão Pato que os dispensem; os que os detestam não é porque estão armados em esquisitos, é porque os coentros lhes cheiram a carrapatos, ou bichos sapateiros, e lhes sabem a sabão.

- A sabão?

- Sim, a sabão.

- Mas porquê???

Pronto, lá tenho eu que ir estudar estas coisas para vocês não andarem a olhar de lado uns para os outros só por causa dos coentros. A explicação é simples, e científica (embora simples e científica sejam duas palavras que normalmente não andam juntas...):

As pessoas que não gostam de coentros têm uma variante ao nível dos genes dos receptores olfactivos que actua como uma defesa. Quando cheiram ou saboreiam coentros, parece-lhes que estão a comer um sabão ou um carrapato ou a cheirar o DumDum. Isto porque os produtos de limpeza (nomeadamente sabões, detergentes e loções), alguns insectos e os insecticidas contêm um composto químico chamado 'aldeido' que também se encontra presente nos coentros. Ora, quando as pessoas que têm essa condição comem ou cheiram coentros, o cérebro dá-lhes o alerta que talvez estejam é a lamber uma barra de sabão azul ou a trincar um carrapato e blheeeeeeck! Canojo!

Pronto, está explicado o ódio aos coentros. Felizmente eu estou do lado que ADORA coentros por isso aqui está uma sopinha deles.

Creme de Coentros

2 colheres de sopa de azeite

1 cebola

2 dentes de alho

1 curgete

1 batata-doce

1 batata

1 molhinho de coentros

750 ml de água a ferver

Estalar a cebola e o alho no azeite. Adicionar a curgete, a batata-doce e a batata e temperar com sal. Mexer e adicionar a água a ferver e os coentros. Deixar fervilhar em lume brano por vinte minutos e triturar bem com a varinha mágica.

Servir com coentros picados misturados com azeite (só para chatear).

Nem sempre as saladas de frango servem para usar as sobras de frango de churrasco; por vezes fazem-se mesmo 'de raiz', como esta. E bem saborosa ficou, com queijo Feta a dar aquele gosto meio azedo, meio salgado.

Sou suspeita quanto ao queijo Feta, acho que era capaz de comer cartão canelado se viesse coberto desse queijo!

Salada morna de Frango

100 grs de macarrão 

1 peito de frango

2 dentes de alho ralados

1 colher de chá de tomilho

Sal e pimenta q.b.

Sumo de 1 limão

3 colheres de sopa de azeite

1 curgete

1 cebola roxa

Azeitonas descaroçadas

50 grs de queijo Feta

Cozer o macarrão. Escorrer e reservar.

Enquanto o macarrão coze, cortar o peito de frango em cubos e temperar com os alhos ralados, o tomilho, sal e pimenta e o sumo de limão.

Aquecer o azeite numa frigideira e alourar os cubos de frango. Reservar o frango numa taça que sirva para fazer a salada e sem limpar a frigideira alourar a curgete, também cortada em cubos e sem adicionar mais gordura.

Picar a cebola grosseiramente. Descaroçar as azeitonas e cortar em rodelas. Juntar a curgete e o macarrão ao frango, envolver com a cebola e as azeitonas e por cima esfarelar o queijo Feta.

Servir morno.

Dois ingredientes! Três, vá, se quisermos ser honestos e considerar também a colher de geleia usada para pincelar...

Tartes Rápidas de Maçã

1 embalagem de massa folhada rectangular

3 maçãs

1 colher de sopa de geleia

Estender a massa e cortar em seis rectângulos e duas tiras para enfeitar.

Descascar e cortar as maçãs, cortá-las ao meio e cada metade em fatias finas.

Colocar cada metade de maçã num rectângulo de massa, por cima colocar uma tirinha da massa e pincelar tudo com a geleia dissolvida num pouco de água. Levar ao forno por cerca de trinta minutos e servir morno ou frio, de preferência acompanhado de uma bola de gelado.

A Pescada, nome científico Merluccius Merluccius (será que se chama duas vezes Merluccius porque além de ser Pescada é pescada?) é um peixe quase sem gordura o que o torna excelente em dietas já que além disso é cheio de proteinas e rico em minerais como fósforo, potássio, zinco, magnésio, iodo e ferro e vitaminas, nomeadamente as do complexo B. É um dos meus peixes favoritos embora não ache piada nenhuma a pescadinhas de rabo na boca [seja literal seja figurativamente].

Deixo aqui uma receita que nasceu para usar as partes da pescada que não têm lá grande aspecto e foi nventada à medida que se ia fazendo. Este 'molho' misturado com esparguete cozido, ou outra massa a gosto, é do melhor

Pescada com Açafrão das Índias

3 postas de pescada (usei rabos)

Sal q.b.

1 cebola ou alho francês (apenas a parte branca)

1 raminho de salsa

1 raminho de aneto

1 talo de aipo

1/4 de pimento

1 malagueta

1 colher de chá de açafrão das Índias

1 colher de chá de colorau

1 colher de sopa bem cheia de farinha

água de cozer a pescada

100 ml de leite evaporado

Noz-moscada q.b.

Esparguete q.b.

Cozer o esparguete juntamente com a pescada em água bem temperada com sal. Escorrer e reservar (guardar alguma da água da cozedura). Retirar peles e espinhas à pescada e esfarelar.

Alourar a cebola ou alho francês (ou ambos) com a salsa, o aneto e o aipo picados, o pimento também picado e e malagueta em rodelas. Temperar com o açafrão das Índias e o colorau, mexer e deixar apurar. Adicionar a pescada esfarelada, polvilhar com a farinha, envolver e juntar água de cozer a pescada, mexer até engrossar e juntar o leite evaporado. Deixar fervilhar por um ou dois minutos, rectificar os temperos e finalizar com a noz-moscada.

Servir sobre o esparguete cozido.

No outro dia estufei frango caseiro e no fim sobrou bastante molho que estava bastante gostoso. Não estava a prever aproveitar aquele molho para outra outra receita tão cedo mas custava-me deitar aquilo fora. De repente lembrei-me que se congelasse aquilo em cubinhos, podia ir gastando como se fossem caldos 'knorr' ou 'maggi' que são peças que não entram cá em casa há anos. E pronto, arranjou-se uma solução para o molho em excesso e as próximas receitas que precisem de um pouco mais de sabor já têm ajuda.

Caldos concentrados

Molho de estufar carne (neste caso galo caseiro/cebola/tomate/cenoura/temperos)

Triturar o molho do estufado e congelar. Utilizar um ou dois cubos em refogados, sopas, etc.

Quando aqui há uns tempos fiz uma receita de uma espécie de caracol de massa folhada com creme de pistacho, sobrou algum desse creme e, sinceramente, tinha dado tanto trabalho a fazer que nem pensar em gastá-lo à toa ou, credo, deitá-lo fora. Por isso congelei-o que é o que faço à maioria das coisas a que não sei o que fazer de imediato e não me apetece pensar nisso naquela altura (sim, sou procastinadora confessa).

No outro dia, à volta de umas bananas bem maduras a precisar de gastar, surgiu a ideia deste gelado. Congelei as bananas, descongelei o creme de pistacho e fiz estes gelados.

Três ingredientes, minha gente! Três ingredientes! Depois não digam 'ah e tal, é uma complicadinha'...

Gelado de Banana e Pistacho

3 bananas maduras

100 grs de creme de pistacho (ou manteiga de amendoim/amêndoa/caju/avelã/etc.)

100 grs de chocolate preto derretido (basta 1 minuto no micro-ondas)

Congelar as bananas em rodelas. Retirar do congelador e deixar repousar por cerca de meia hora. Triturar juntamente com o creme de pistacho ou com a manteiga de frutos secos. Colocar em forminhas de gelados ou em taças (à falta das forminhas).

Levar ao congelador e logo que esteja novamente congelado retirar das forminhas (basta colocar uns segundos em água quente) e mergulhar no chocolate derretido ou fazer uma capa de chocolate nas tacinhas.

Saborear sem culpas.

Nota: o creme de pistacho, depois de descongelar, ficou igualzinho ao dia em que o fiz.

Sempre que posso compro salmão selvagem congelado em lombos inteiros. Não há em todo o lado mas costumo encontrar na Gafanha, na Casa do Bacalhau, ou em Tui, no Mercadona (não sei porque é que no espanhol há e no de cá não mas é o que temos). E quando encontro costumo assar inteiro. Deixo aqui uma das versões.

Lombo de Salmão assado

1 lombo de salmão com pele

2 dentes de alho, ralados

1 pedaço de gengibre ralado

1 colher de sopa de piripiri

2 colheres de sopa de azeite

2 colheres de sopa de sumo de limão

1 raminho de aneto

Sal q.b.

Temperar o salmão com os ingredientes indicados e deixar marinar por uma hora.

Levar ao forno por cerca de vinte minutos e servir com batatas e couves de bruxelas cozidas e alouradas no forno juntamente com o salmão.

Quando olhas para o que tens no frigorífico e pensas: não tenho nada para comer!

Inventário:

1 mão-cheia de macarrão cozido

1/2 abacate maduro

4 fatias de paio do lombo

1/4 de queijo de cabra

2 castanhas do Maranhão

1/2 maçã

6 azeitonas

2 fatias de beterraba em picles

1 haste de aneto

Sal e pimenta

Salada 'tudo menos o frigorífico'...

Servir com molho vinagrete.