Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Sex | 31.03.23

é o que temos

 

Quando há maçãs para gastar e pouca imaginação ou vontade de experimentar coisas mais primaveris...

 

Maçãs com Cobertura Crocante

 

20221106_145136.jpg

 

5 ou 6 maçãs, descascadas e cortadas em gomos grossos

1/2 copo de açúcar

1 colher de sopa de canela em pó

1 colher de chá de extracto de baunilha

1/2 copo de água

1/2 copo de frinha de trigo

1 copo de flocos de aveia

1/2 copo de açúcar amarelo

1 pitada de sal

1 colher de chá de canela em pó

50 grs de manteiga derretida

 

Numa forma que possa ir ao forno e à mesa misturam-se as maçãs com o açúcar, a canela, a baunilha e a água.

Numa taça mistura-se a farinha, os flocos de aveia, o açúcar, o sal e a canela em pó. Adiciona-se a manteiga derretida e mexe-se. Fica uma mistura meio esfarelada, com bocados maiores. Espalhar essa mistura sobre as maçãs e levar ao forno por cerca de quarenta e cinco minutos (ou mais um pouco, se necessário).

Retirar do forno e servir morno com uma bola de gelado ou umas colheradas de creme de custarda.

 

Qua | 29.03.23

misturas

 

Tenho alguns pés de espargos na horta e embora nunca dê para juntar um molhinho deles de cada vez que apanho, costumam aparecer ao mesmo tempo uns quatro ou cinco. Às vezes guardo à espera de outros mas outras vezes junto a outras coisas como foi este caso em que juntei os parcos espargos a uma embalagem de cogumelos. Ficam muito bem na companhia uns dos outros.

 

Quiche de Cogumelos Pleurotus (e Espargos)

 

20230326_135829.jpg

 

2 colheres de sopa de azeite

1 dente de alho picado

1 embalagem de cogumelos pleurotus 200 grs

4 espargos

Sal e Pimenta q.b.

1 rolo de massa folhada (usei rectangular)

2 colheres de sopa de uvas passas

4 ovos pequenos

100 ml de natas

150 grs de iogurte grego natural

Sal e Pimenta q.b.

 

Aquecer o azeite e alourar ligeiramente o alho picado. Adicionar os cogumelos em bocados mais pequenos e os espargos cortados em quatro. Temperar a gosto e saltear por uns cinco minutos em lume forte mexendo de vez em quando.

Estender a massa folhada na tarteira e espalhar os cogumelos e espargos e também as uvas passas.

Numa taça bater os ovos com as natas e iogurte e tempero a gosto. Deitar esta mistura sobre a base da tarte e levar ao forno até ficar empolado e dourado.

Retirar do forno e deixar arrefecer um pouco. Servir com uma salada.

 

20230329_111419.jpg

 

Ter | 28.03.23

Nem todas as saladas têm que ser de alface

 

O tahini é uma pasta feita de sementes de sésamo moídas. É muito usado no Médio-Oriente, nomeadamente em Israel, Líbano, Faixa de Gaza e também na Turquia, Grécia, Chipre, entre outros. Pode ser consumido para barrar pão ou tostas ou também como ingrediente para molhos, biscoitos, bolos, etc. Por cá encontra-se em casas de produtos naturais ou em alguns supermercados.

Isto para dizer que a salada de hoje tem um molho feito com tahini mas pode bem ser substituído por azeite e vinagre ou outro tempero à escolha.

 

Salada de Couscous com molho Tahini

 

20230318_201555.jpg

 

1 cebola picada

1 colher de sopa de azeite

1 copo de couscous

1 pitada de sal

1 colher de café de Ras-el-Hanout (opcional)

2 colheres de sopa de uvas passas

2 colheres de sopa de nozes, picadas

1 raminho de salsa, picada

1mão-cheia de azeitonas, descaroçadas e cortadas em rodelas

1 ovo cozido, picado

75 grs de queijo Feta, esfarelado

Molho:

1 colher de sopa de tahini

3 colheres de sopa de água a ferver

1 colher de sopa de azeite

3 colheres de sopa de sumo de limão

Pimenta preta q.b.

 

Frigir a cebola no azeite de modo a ficar acastanhada (o nível a seguir a alourada). Preparar os couscous conforme instruções da embalagem ou em alternativa: misturar um copo de couscous com um copo de água a ferver, uma pitada de sal e o ras-el-hanout. Mexer e deixar repousar, tapado, por dez minutos. Ao fim desse tempo soltar os grãos de couscous com um garfo.

Para preparar o molho dissolve-se o tahini em água a ferver num frasco com tampa, adiciona-se o azeite e o sumo de limão e agita-se até ficar cremoso. Tempera-se com piementa preta moída.

Deitar os grãos de couscous já preparados numa taça e misturar os restantes ingredientes. Envolver o molho e servir.

 

 

Sex | 24.03.23

Não pode ver nada...

 

Durante anos (décadas, até) trabalhei em Aveiro, para onde me deslocava todos os dias úteis. Umas vezes de carro, outras de comboio (se não houvesse greve) foram anos e anos em que aquele era o meu destino. Não adoro Aveiro, talvez porque o que me levava lá não fosse o lazer mas sim o trabalho, na sua pior fase. Agora que já não preciso de ir para lá passam-se meses, muitos meses, entre cada ida. E não me faz falta, sinceramente (aliás, enquanto lá trabalhei só me deslocava a Aveiro ao fim-de-semana se fosse motivo de maior: casamentos, funerais, e outros do género).

No outro dia tive que ir tratar de um assunto a essa cidade e acabei por ter que 'fazer tempo' numa pastelaria onde costumava ir mas que entretanto tinha mudado completamente de estilo sendo agora um estabelecimento que de certeza não desmerecia estar numa capital europeia e do mais 'instagramável' que se possa imaginar. Os pastéis eram tão apelativos, tão bonitos e tão estranhos que a dúvida era como comê-los... pareciam obras de arte.

Um deles era de pistacho, que é um dos meus frutos secos favoritos e claro que foi o que experimentei. Daí a tentar replicá-lo em casa foram algumas pesquisas e a descoberta que os New York Rolls são uma tendência em alta quer em Nova York quer nas redes sociais e a criação é do chef Scott Cioe.

O creme de pistacho dá um certo trabalho a fazer mas por mim não se incomodem que eu gosto destes desafios.

 

NY Roll de Pistacho

 

20230304_185639.jpg

 

1 embalagem de massa folhada rectangular

Creme de Pistacho:

150 grs de pistachos

1 colher de sopa de açúcar em pó

150 ml de leite

2 colheres de sopa de manteiga

100 grs de chocolate branco

Pétalas de rosas secas (opcional - para enfeitar)

 

Descascar os pistachos, ou seja, retirar a casca rija. Ou então comprar daqueles já sem casca mas eu gosto de complicar.

Ferver água numa caçarola e colocar os pistachos. Deixar ferver por uns quatro minutos, desligar e escorrer. Transferir os pistachos para um pano de cozinha e esfregar para sair aquela pele acastanhada que têm que é para que a cor da pasta não fique tipo - imaginem lá - mas sim um verde bonito.

De seguida colocamos os pistachos numa picadora juntamente com metade do leite e o açúcar em pó. Trituramos como se o mundo fosse acabar ou até que a pasta fique macia e sem grumos. Reservamos.

Entratanto derretemos o chocolate branco com o restante leite e a manteiga até ficar liso. Adicionamos à picadora e trituramos novamente para juntar tudo.

Agora vamos à massa folhada. Cortamos oito tiras e enrolamos como um caracol duas para cada bolo (uma a seguir à outra, não é as duas ao mesmo tempo...). Colocamos dentro de um daqueles aros de metal - eu não tenho mas usei uns ramequins. Talvez não tenha sido a minha ideia mais brilhante mas mesmo assim acabou por funcionar. Levamos ao forno até estar tostadinho.

Retirar do forno e deixar arrefecer. Colocar o creme de pistacho num saco de pasteleiro com um tubinho comprido para podermos fazer buracos no bolo e enfiar o creme lá para dentro para servir de recheio. De seguida pomos algum do creme no topo do bolo e enfeitamos com  pistachos picados ou então com pétalas de rosa secas (que eu tenho porque me ofereceram um chá coreano que tem botões de rosa).

E é isto. Uma trabalheira. Se quiserem provar o original mais vale irem ao Magestik em Aveiro (agora renomeado M Bakery).

 

Seg | 20.03.23

raminhos

 

Embora o preço das verduras esteja pela hora da morte (gosto mesmo desta expressão), não podemos deixar de as consumir pelo que o segredo é comparar preços e comprar onde não seja tão caro, não esquecendo que algumas frutarias conseguem fazer preços mais em conta do que as grandes superfícies.

Comprei couve-flor, a primeira deste ano, e acabei por fazer várias coisas já que era bastante grande. Uma das versões foi esta, couve-flor assada no forno a que juntei algumas couves-de-bruxelas congeladas (e posso já confirmar que esta é a maneira mais catita de as preparar).

A couve-flor tem bastantes benefícios, desde combater a prisão de ventre já que tem muita fibra; a ajudar à saúde dos ossos devido ao fósforo e vitamina K; ajudar a controlar o nível de glicose no sangue o que é excelente para diabéticos; fortalecer o sistema imonulógico e ajudar a combater virús e bactérias. E a minha favorita: melhorar o humor porque tem Triptofano, um aminoácido que ajuda a controlar a ansiedade e melhorar o bem-estar. Quem quer melhor?

 

Couve-flor assada no forno com couves-de-bruxelas

 

20230311_200258.jpg

 

400 grs de couve-flor

250 grs de couves-de-bruxelas (usei congeladas)

2 colheres de sopa de azeite

Sal e Pimenta q.b. (ou outro tempero a gosto)

 

Colocar os raminhos de couve-flor num tabuleiro forrado com papel de ir ao forno juntamente com as couves-de-bruxelas. Temperar a gosto e envolver no azeite. Levar ao forno por cerca de trinta minutos virando as peças a meio para que assem de ambos os lados.

Retirar do forno e servir como acompanhamento ou prato principal. Servi com alheira caseira e ovo estrelado.

 

Ter | 14.03.23

Marketing directo

 

Não sou grande adepta de enchidos, principalmente chouriços, salpicões, linguiças e outros do mesmo género (salvam-se as alheiras e as farinheiras). Bacon, carne defumada e presunto também não são de suspirar por eles. Como de todos mas não sou apreciadora e por isso é raro comprar. Agora queijos... venham eles.

Há um mercado de rua em Tui às quintas-feiras de manhã onde este tipo de alimentos, e outros, é vendido em carrinhas que montam ali uma bancada e põem os seus produtos à venda, alguns artesanais, outros de produção mais industrial. Quando passamos em frente a uma das bancas de queijos, enchidos, mel e licores é normal que dêem a provar bocados de tudo e mais alguma coisa, ao ponto de acharmos que depois daquilo se calhar não vale a pena ir almoçar (mentira, vale sempre a pena!).

Costumo comprar uma variedade de queijos todos devidamente provados e aprovados mas torço sempre o nariz quando o senhor da banca do costume quer que prove também enchidos e presuntos embora por vezes lá lhe faça a vontade. Ele é bastante engraçado, sempre a dizer que o queijo que vende é 'da cabra da sogra' e os chouriços são 'do porco do sogro'. Toda a gente ri com as piadas.

Uma dessas vezes ofereceu-nos fatias de Fuet, uma espécie de chouriço todo torto e com o exterior a parecer bolor. Não me estava mesmo a apetecer pelo que agradeci e declinei. Quando paguei a despesa, tudo devidamente enfiado num saco, o senhor meteu para lá meio desses 'chouriços, dizendo que era oferta e que para a próxima eu ia comprar. E não é que vou?

 

Pizza de Fuet Ibérico e queijos

 

20230303_192412.jpg

 

1 base de pizza

Azeite q.b.

Orégãos q.b.

Basílico seco q.b.

1 alho ralado

Piripiri q.b.

Molho de tomate

Queijos em cubos (usei tetilha, branco e manchego)

Quejo mozarela

 

Pincelar ligeiramente a base da pizza com azeite, salpicar com orégãos e basílico esmigalhados e salpicar com o alho e o piripiri. Por cima pôr algum do molho de tomate e espalhar algum do queijo e rodelas fininhas de Fuet (ou salpicão). Mais algumas colheres de molho, mais uma salpicadela de orégãos e basílico esmigalhados e finalmente o resto do queijo em cubinhos e o mozarela ralado.

Levar ao forno por cerca de vinte e cinco minutos ou até o queijo estar completamente derretido. Servir com uma salada.

 

20230303_194707.jpg

 

Sex | 10.03.23

das palavras

 

Fiquei na dúvida se chamava a este bolo 'Bolo de Laranja Vegan' mas optei por não o fazer já que se a maioria das pessoas for como eu era antigamente, sempre que ouvia falar de comida 'vegan' pensava logo em algo com sabor a cartão prensado ou mesmo arame farpado. Nunca comi essas coisas mas tenho uma imaginação muito criativa por isso a maioria das receitas com o selo 'vegan' passavam-me ao lado.

Ainda bem que não foi o que aconteceu com esta receita já que, pasme-se, o bolo sabe a laranja! E, melhor, não leva a casca da dita nem precisa de um robot de cozinha ou liquidificador para se fazer. Só uma taça, uma vara de arames (ou mesmo um garfo) e uma forma. E ao fim de uns quarenta e cinco minutos, um bolo fofo como poucos. Um caso de ver para crer.

Mas aproveitem que o fim de semana está aí à porta e nada melhor do que um dia de chuva para dar que fazer ao forno. E já sabem, não me agradeçam porque eu não inventei nada (acho que já ninguém o faz), apenas procuro receitas catitas e quando as encontro tenho mesmo que as partilhar [quer vocês queiram quer não].

 

Bolo de Laranja (sem ovos)

 

20230306_141933-COLLAGE.jpg

 

3 copos de farinha de trigo (usei com fermento)

1 colher de chá de fermento em pó

1 copo de açúcar

2 copos de sumo de laranja (cerca de 400 ml - sim é quase meio litro!)

1/2 copo de óleo (usei de girassol)

 

Peneirar a farinha e o fermento para uma taça, juntar o açúcar (usei menos do que a receita original porque as laranjas eram mesmo doces) e misturar. Juntar o sumo de laranja e o óleo e mexer até ficar uma massa lisa.

Deitar a massa numa forma untada e levar ao forno por cerca de quarenta e cinco minutos (mais coisa, menos coisa).

Retirar do forno, deixar repousar na forma por uns minutos e desenformar (não sejam apressados como eu que desenformei logo, o que fez o bolo sair em duas partes - se fosse para rechear já não tinha o trabalho de o cortar ao meio, mas não...)

 

Qui | 09.03.23

¡Escándalo!

 

Quando não tenho tempo ou paciência para procurar em livros de receitas algo diferente para usar os mesmos ingredientes, costumo pesquisar no Pinterest por palavras chave. E não me fico apenas pelo português, às vezes pesquiso em espanhol, inglês, até em italiano mesmo que depois tenha dificuldade em traduzir tudinho. Desta vez procurei em espanhol e saiu-me esta receita no site Recetas de… ¡Escándalo!

E ainda bem porque esta deve ter sido uma das marinadas de que mais gostei para fazer lombinho de porco. Também dá para outras peças, entrecosto por exempo ou cachaço. A carne fica mesmo saborosa e sem secar. Os ingredientes são os de trazer por casa.

 

Lombinho de Porco no forno com batatas

 

20230226_095438.jpg

 

Marinada:

3 dentes de  alho

1 colher de sopa de mostarda (usei de Dijon)

1/2 colher de chá de pimenta preta

1 colher de chá de tomilho

1 colher de chá de alecrim (usei orégãos)

1 colher de chá de sal

1 colher de sopa de sumo de limão (usei sumo de meio limão)

4 colheres de sopa de azeite

 

Restantes ingredientes:

1 lombinho de porco

6 batatas

2 cebolas

Sal, pimenta e orégãos

Cerveja (usei uma mini)

Azeite q.b.

 

Num almofariz moer com o pilão todos os ingredientes da marinada. Pincelar o lombinho de porco com esta mistura e deixar repousar enquanto se preparam os restantes ingredientes.

Descascar e cortar as batatas em rodelas com cerca de um centímetro e as cebolas em meias-luas. Colocar na base de um tabuleiro e temperar com sal e pimenta e orégãos. Verter a cerveja no tabuleiro num cantinho para não lavar os temperos e deitar um jorro de azeite. Por cima dispôr o lombinho de porco com toda a marinada. Levar ao forno por cerca de meia-hora, retirar e voltar o lombinho. Verificar se é necessário acrescentar mais líquido, se for deve-se acrescentar mais um pouco de cerveja. Levar novamente ao forno por mais meia-hora e retirar.

Deixar repousar por uns minutos antes de cortar o lombinho em fatias e servir com as batatas e uma salada ou verduras cozidas.

 

Ter | 07.03.23

Tortilhalife

 

Como pôr uma refeição na mesa em minutos? Perguntem-me como!

Nada mais simples. Tão simples que nem vou deixar receita.

É uma tortilha, damos-lhe um corte a partir do meio até à beira (isto sou eu a explicar as coisas de modo científico), a seguir colocamos coisas de comer a gosto em cada canto da tortilha (que é redonda mas é como se tivesse quatro cantos), depois dobramos no sentido dos ponteiros do relógio (se o relógio for digital, desenrasquem-se). Aquecemos uma frigideira daquelas que não pegam as coisas ao fundo (mais uma vez, explicação científica) e metemos lá uma ou quatro tortilhas bem dobradinhas com os recheios escolhidos. Pisamos bem com um prato ou uma espátula para que toste a parte de baixo, cerca de um minuto e depois viramos as tortilhas para o outro lado, voltamos a pisar  e servimos. Ficam tostadinhas, o queijo ralado derrete e o mundo é um lugar feliz.

 

20230224_194739-COLLAGE.jpg

 

Exemplos de recheios:

  • frango desfiado
  • espinafres
  • azeitonas
  • feijão
  • queijo mozarela
  • abacate
  • coentros
  • fiambre
  • ovos mexidos
  • brócolos
  • cebolas
  • queijo feta
  • atum
  • pimentos
  • chocolate

 

20230224_194741.jpg

 

 

Sex | 03.03.23

Esbardalhanços na cozinha

 

Faço bolos para fora, nem toda a gente sabe mas também não é segredo. Sob a chancela #eramesmoistoquemeestavaaapetecer lá saem criações que até agora têm sido do agrado de quem as recebe (ou então andam a enganar-me...).

Costumo tratar de tudo com tempo não vá dar-se algum azar e se há coisa que detesto é não cumprir com o prometido no que se refere a horários. Aqui há uns tempos estava a desenformar um bolo mas com a mania que tenho de que tenho seis mãos, uma delas lá me falhou e o bolo esbardalhou-se todo na bancada ficando completamente desfeitinho. Se o bolo fosse uma pessoa e eu fosse médica, seria médica legista, era assim de desfeitinho que o bolo estava. Toca a congelar os restos mortais do pobre e fazer outro para prosseguir com a encomenda.

Não gosto de deitar nada fora e por isso o bolo 'escangalhado' serviu, algum tempo mais tarde, para fazer uma trifle. Numa situação normal usaria pó de Custarda para fazer o creme de uma das camadas mas como não tinha fiz um creme como a papa Maizena da nossa infância, a que acrescentei açafrão das Índias para dar cor. Se não tens cão e tal...

 

Trifle de Bolo Escangalhado

 

20230225_230034.jpg

 

Creme:

3 colheres de sopa de farinha Maizena

2 colheres de sopa de açúcar amarelo

1 colher de chá de açafrão das Índias

1 tira fina de casca de limão

500 ml de leite

Trifle:

350 grs de bolo

3 colheres de sopa de licor (opcional)

200 grs de frutos vermelhos (usei congelados que deixei descongelar primeiro)

100 grs de natas

1 colher de sopa de açúcar

 

Numa caçarola misturar a farinha Maizena com o açúcar amarelo e o açafrãos das Índias. Adicionar o leite e mexer de modo a ficar sem grumos. Juntar a casca de limão e levar ao lume mexendo para não pegar até ficar um creme grosso.

Entretanto coloca-se o bolo em pedaços numa taça larga, borrifa-se com a bebida escolhida (usei Pimm's), espalham-se os frutos vermelhos e por cima põe-se o creme Maizena. Deixar arrefecer. Entretanto batem-se as natas com o açúcar de modo a ficar como chantilly, coloca-se sobre a trifle, finaliza-se com mais alguns frutos vermelhos e guarda-se no frigorífico até consumir.

 

Qui | 02.03.23

Cool Gadgets

 

Desde que comecei a interessar-me por estas coisas da comida e da cozinha (e não, não foi com uma avó velhinha, nem sequer com a minha mãe embora o meu prato favorito e que faço ipsis verbis seja o seu arroz de cabidela) que me oferecem apetrechos e utensílios de cozinha menos vulgares e que de um modo geral eu não compraria porque a) sou muito forreta, b) porque acho que a maioria deles é bem substituído por uma faca e c) porque alguns são perfeitas inutilidades que apenas atafulham a minha gaveta da tralha (obrigada na mesma!).

Mas o que é certo é que gosto imenso desses utensílios, tanto que até tenho uma rúbrica aqui no blogue chamada 'Cool Gadgets' e que é todinha para apetrechos ligados à cozinha, como um sapo que achata latas de bebidas vazias. Eu disse que muitos deles eram apenas inutilidades...

Não é o caso deste que me ofereceram no Natal. Uma picadora manual que além de picar cebolas, tomates, maçãs, etc. ainda nos põe a fazer exercício porque temos que dar ao braço para que trabalhe. E se aquilo é eficaz! Com quatro ou cinco puxadelas do fio picamos uma cebola. Normalmente junto logo alho, cebola, salsa, tudo o que precisar para um refogado. E quando faço bolos de maçã, é um instantinho para picar quatro ou cinco maçãs, nem chegam a ficar oxidadas porque não dá tempo.

Já conhecia esta maquineta há uns anos, uma amiga tinha uma e até me dizia que era muito eficaz mas lá está... uma faca servia. No entanto, é já que me ofereceram, vou usar e abusar. Atenção às lâminas, são potentes!

 

Picadora Manual

 

20230223_100950.jpg

 

Qua | 01.03.23

Aprovado

 

Para estrear um presente de Natal - um tacho daqueles que quase precisamos de um guindaste para lhe levantar a tampa quanto mais o tacho já com coisas lá dentro - aproveitei uma receita que adoro e faço imensas vezes desde a primeira vez que experimentei, lá para os idos de há muito tempo atrás e que também foi a primeira receita de carne aqui no blogue, quando ainda nem fotografias acompanhavam as receitas.

Acerca do tacho: Maravilha, com a tampa funciona como um forno mesmo quando usado no fogão. Não é à toa que este tipo de tachos de ferro fundido se chama "dutch oven" ou seja, forno holandês;

Acerca da receita: Basta dizer que é da Nigella Lawson, uma das minhas musas na cozinha.

 

Frango com limão, alho e tomilho

 

20230212_125202.jpg

 

Num tabuleiro de ir ao forno pomos um frango partido em bocados grandes, uma cabeça de alho – os dentes todos separados mas com a pele - um limão cortado em oito bocados (casca e tudo) uma mão cheia de tomilho (pode-se usar alecrim ou orégãos se não houver tomilho à mão) e uma boa golada de azeite (para os perfeccionistas ou aqueles que não sabem quanto é uma golada, são aí uns dois decilitros... na minha medida).

Mexer isto tudo muito bem e espalhar na assadeira, de preferência que tenha tampa. Por cima despeja-se um copo de vinho branco e um copo de água e salpica-se com pimenta preta moída na altura e uma pitada de sal grosso. Tapa-se com a tampa ou se não tiver tapa-se com folha de alumínio.

Vai ao forno cerca de de hora e meia a 160ºC. Depois aumenta-se para 200ºC durante cerca de 20 a 30 minutos. No fim o limão fica caramelizado e os dentes de alho são excelentes para barrar no pão, basta carregar num com a faca que a polpa sai inteira.