Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Belita, a Rainha dos Couratos

Blogue de receitas flexitarianas (carne, peixe e assim-assim)

Sex | 29.01.21

matar saudades

 

O verão passado apesar de ter sido diferente de todos os outros ainda deu para fazer algumas coisas habituais (para mim, pelo menos).

No dia dos meus anos, em Julho, fui até à zona de Sever do Vouga e comprei uns quilos de mirtilos para ter ao longo do ano. Por ali vende-se à porta de quem produz, normalmente têm um letreiro a dizer ‘Há mirtilos’, não há que enganar.

O preço é bom e chegada a casa é só congelar os que não se comerem logo. Assim, de vez em quando posso fazer bolos ou outra coisa que leve mirtilos sem ter que os pagar ao dobro ou triplo do preço.

O aspecto destes muffins não é o mais bonito mas também a ideia é ser saboroso, não é ser digno de uma passerelle

 

Muffins de Mirtilos

 

IMG_20201205_201929.jpg

 

2 ovos

1 copo de açúcar

1 pitada de sal

½ copo de óleo de girassol

1 colher de chá de extracto de baunilha

200 ml de natas ácidas

2 copo s de farinha de trigo

1 colher de chá de fermento em pó

½ colher de chá de bicarbonato de sódio

1 copo de mirtilos (usei congelados)

 

Bater os ovos com o açúcar e o sal.

Adicionar as natas ácidas, o óleo de girassol e a baunilha. E bater por um minuto.

Numa taça mistura-se a farinha, fermento e bicarbonato. Adicionar à mistura dos ovos por três vezes apenas até envolver, não é necessário bater demais. De seguida envolver os mirtilos na massa.

Deitar esta mistura em formas de muffins untadas com manteiga ou forradas com forminhas de papel plissado e levar ao forno por cerca de meia-hora.

Retirar do forno quando estiverem cozidos e deixar arrefecer.

 

Nota: a receita original veio daqui.

 

Qui | 28.01.21

blheck!

 

Se há ‘ingrediente’ que abomino pode dizer-se sem sombra de dúvida que é aquele a que chamam (erradamente, na minha humilde opinião) “Delícias do Mar”.

A meu ver não têm nada de delicioso e do mar, duvido que os restos dos peixes de que são compostas tenham alguma vez visto a água do mar. Mas isto sou eu que sou picuinhas… a maioria das pessoas que conheço adora estes palitos de sucedâneo de peixe, também conhecidos por surimi, e fazem parte da sua alimentação.

Posso dizer que devo ter comprado destas coisas duas ou três vezes na vida e isto porque, lá está, há quem goste. E como ‘no man is an island’ lá me decidi a fazer este paté. Não o provei o que deve pôr esta receita numa lista de apenas uma ou duas das receitas deste blogue que não provei sequer. Mas quem provou aprovou. Por isso aqui fica para quem gostar.

 

Patê de Delícias do Mar e Maçã

 

IMG_20210117_121330.jpg

 

8 palitos de Delícias do Mar

1 cebolinha

1 maçã pequena descascada (usei Fuji)

2 colheres de sopa de maionese

2 colheres de sopa de iogurte grego

Sumo de ½ limão ou lima

Coentros ou aneto ou salsa

1 pitada de pimenta

 

Triturar todos os ingredientes na picadora. Deve ficar suficientemente liso para barrar mas deve manter alguns bocadinhos a notar-se.

Servir como entrada com tostas ou em sandes.

 

Nota: A receita original veio daqui.

 

Qua | 27.01.21

mentirinha

 

Quem me conhece a sério sabe que um dos meus pratos favoritos ‘ever!’ é o arroz de cabidela da minha mãe. Tanto que o escolheria para a minha última refeição se pudesse.

Por sinal o meu não lhe fica muito atrás já que aprendi com ela mas é raro fazer até porque nem sempre é fácil arranjar frango caseiro que venha com o necessário para este prato (sangue, vá…). Passam-se anos sem provar esta delícia.

Aqui há uns dias, a “Questiúncula do dia” no FB das Manhãs da 3 (quem não ouve este programa não sabe o que perde de gargalhadas) era exactamente qual o prato de que não podíamos abdicar se nos tornássemos vegetarianos ou veganos. Respondi que era arroz de cabidela e alguém me sugeriu que experimentasse uma receita desse prato mas em vegano, já que se estava a promover nessa semana o Desafio Vegetariano Portugal.

Ora, quem me lança um desafio de culinária só pode esperar resposta e cá está a minha interpretação da receita do site Receitas Portuguesas Vegan.

Alterei algumas coisas porque ao ler a receita original achei que:

  1. Muita quantidade de arroz para quantidade de água
  2. Muito molho de soja (uma embalagem de 200 ml tem à volta de 10 grs de sal, quanto a mim um exagero para um prato)

Isto não quer dizer que a receita original não funcione, mas preferi fazer ao meu modo.

E adorei!

 

‘Arroz de Cabidela’ Vegan

 

IMG_20210122_202023.jpg

 

2 colheres de sopa de azeite

1 colher de chá de piripiri

1 cebola pequena

2 dentes de alho

1 raminho de salsa

300 grs de mistura de cogumelos pleurotos e shitake*

1 tomate pequeno picado (ou 50 ml de molho de tomate)

50 ml de molho de soja

1 colher de sopa de molho worcestershire (molho inglês)

50 ml de vinho tinto

150 grs de arroz agulha

400 ml de água

 

Num tacho aquecer o azeite com o piripiri e alourar a cebola e alhos picados com o pé de salsa inteiro. Adicionar os cogumelos e deixar suar por uns minutos.

Juntar o tomate ou polpa e de seguida adicionar a soja, o molho worcestershire e o vinho, deixar evaporar e adicionar o arroz mexendo enquanto evapora a maioria do líquido.

Juntar a água a ferver e mexer bem. Deixar levantar fervura, baixar o lume e deixar cozer até evaporar a água, cerca de vinte minutos.

Servir com salsa picada.

 

*usei cogumelos shitake secos que desidratei em água a ferver (usei essa água para fazer o arroz)

 

Sex | 22.01.21

Com ebooks e bolos…

 

Se pensarmos bem, todos temos alguma coisa pela qual nos sentirmos felizes. Mesmo quando nem tudo está bem (e sabemos que neste momento quase nada está bem) podemos encontrar algo para comemorar.

Este bolo não foi feito hoje, aliás foi feito quase há um ano quando estávamos fechados num confinamento a sério e que poucos ousavam contrariar. Mas lembrou-me de que por vezes, nem que seja para comemorar pequenas vitórias, devemos fazer um bolo todo catita como este.

E apesar de não o ter agora para comer (tenho que fazer outro, é o que é!), fico contente por apesar de tudo ter algo para celebrar. E o que é, perguntam vocês?

Se quiserem espreitar, escrevi um pequeno romance que está para download gratuito na plataforma da Leyaonline. Se preferirem ler em PDF mandem mail para o meu endereço que está ali do lado direito que não me custa nada enviar.

 

ebook.png

 

 

Bolo de Cenoura e Coco

 

IMG_20200411_225146.jpg

 

Bolo

3 copos de farinha

1 e ½ colheres de fermento em pó

1 colher de chá de bicarbonato de sódio

1 colher de chá de canela em pó

1 pitada de sal

1 copo de óleo de coco (ou de girassol)

¾ de copo de leite com 1 colher de sopa de vinagre

3 ovos

1 e ½ copos de açúcar (usei amarelo)

1 colher de sopa de extracto de baunilha

2 copos de cenoura ralada

1 copo de coco ralado

 

Recheio e Cobertura

250 grs de queijo-creme

100 grs de manteiga

1 copo de açúcar amarelo

½ copo de compota de morangos

1/3 de copo de pistachos picados

Flocos de coco

Flores comestíveis

Morango

 

Aquecer o forno. Forrar dois tabuleiros com papel vegetal.

Numa taça misturar a farinha, fermento, bicarbonato, canela e sal.

Noutra taça misturar o óleo, o leite com vinagre, os ovos, o açúcar e a baunilha. Mexer bem e envolver na mistura da farinha até que fique sem grumos mas sem mexer demais.

Adicionar a cenoura ralada e o coco ralado, envolver e deitar nos tabuleiros.

Levar ao forno até estar cozido, quinze a vinte minutos serão suficientes dado que a massa é fina por estar espalhada nos tabuleiros.

Retirar e deitar sobre panos de cozinha limpos polvilhados com açúcar. Enrolar e deixar arrefecer.

Entretanto preparar o recheio e cobertura:

Bater o queijo-creme com a manteiga e o açúcar até ficar um creme liso. Juntar a compota de morangos (de preferência que tenha bocados de morango).

Retirar os bolos dos panos com cuidado e cortar cada bolo em três tiras, da mesma largura, e barrar creme de um lado. Enrolar juntando a tira seguinte para que fique um rolo grosso até gastar todas as tiras (seis, neste caso). Barrar o restante creme à volta e sobre o rolo, salpicar com os pistachos e enfeitar a gosto com flores e fruta.

 

Notas:

A receita original é esta mas alterei para ajustar ao que tinha em casa.

Se quiserem descomplicar, cozam o bolo em duas formas redondas e ponham uma sobre a outra com o recheio no meio e à volta. A maneira como fiz fica com o recheio ao alto e acaba por ser invulgar. Podem espreitar aqui como fiz outro no mesmo género que tem fotos com mais passos.

 

IMG_20200411_155548.jpg

 

 

Ter | 19.01.21

Veganuary e a contar...

 

O mês de Janeiro segue a grande velocidade, costuma ser um mês que se arrasta lentamente mas este ano, talvez por cada dia trazer notícias piores do que o anterior, corre ligeiro.

Continua o desafio de comer vegetariano ou vegan. Eu faço-o ao longo de todo o ano e desta vez troquei o bacalhau pelos cogumelos, sempre não deixam tantos fiapos nos dentes 

 

Cogumelos à Brás

 

IMG_20201120_195409.jpg

 

2 colheres de sopa de azeite

1 cebola cortada em meias-luas

1 dente de alho picado

1 embalagem de cogumelos fatiados

1 embalagem pequena de batata frita palha

4 ovos

Pimenta preta q.b.

Salsa picada

 

Alourar a cebola e o alho no azeite e juntar os cogumelos fatiados. Deixar amolecer.

Bater os ovos e passar as batatas sob água a ferver para perderem algum do sal e da gordura.

Adicionar as batatas à cebolada e mexer. De seguida deitar os ovos batidos sobre a mistura de batata e cogumelos e envolver.

Servir logo que esteja a gosto polvilhado de salsa picada e pimenta preta.

 

Nota: Eu tenho um truque para retirar o excesso de sal e também de gordura às batatas palha: ponho-as num coador grande, despejo um litro de água a ferver por cima e depois de escorrer um minuto, ponho-as no tacho ou frigideira onde estou a fazer o cozinhado.

 

Sex | 15.01.21

Veganuary

 

Já ouviram falar no Desafio Vegetariano de Janeiro? Também conhecido como Veganuary propõe-se a desafiar as pessoas a comerem refeições isentas de produtos animais ao longo deste mês (e porque não ao longo de todo o ano?) de maneira a diminuir a pegada ambiental e, porque não, fazer uma alimentação mais saudável.

Eu não sou vegan, nem sequer vegetariana. Mas gosto de transformar alguns dos meus pratos favoritos e este é apenas um dos que aprecio, tanto na versão original (com leite de vaca e ovos de galinhas) como nesta que apenas tem produtos de origem não animal.

Sou o que alguns chamam de Flexitariana o que quer dizer que na minha alimentação tanto entra carne (cada vez em menor quantidade e sempre adquirida de forma sustentável), como peixe, como produtos vegetais.

O importante é não sermos fundamentalistas. Cada um tem o direito de escolher, embora com o dever de o fazer conscientemente.

 

Arroz-doce Vegan

 

IMG_20201206_144220.jpg

 

100 grs de arroz (carolino ou basmati)

Água q.b.

1 pitada de sal

6 vagens de cardamomo esmagadas

1 pau de canela

1 tira de casca de laranja

750 ml de bebida de amêndoa

100 grs de açúcar amarelo

1 colher de chá de curcuma (açafrão das Índias)

1 colher de sopa de farinha Maizena

Canela em pó q.b.

 

Cozer o arroz coberto com água e uma pitada de sal até que a água evapore.

Aquecer a bebida de amêndoa (ou soja, ou coco, ou aveia) até quase ferver com o cardamomo, a canela e a casca de laranja. Quando o arroz tiver absorvido toda a água, adicionar à bebida de amêndoa e mexer bem. Deixar fervilhar por cerca de trinta minutos e adicionar o açúcar.

Numa taça à parte misturar a curcuma e a farinha Maizena e diluir com um pouco de água ou bebida de amêndoa. Adicionar ao arroz mexendo sempre até começar a engrossar.

Deitar em taças e polvilhar com canela em pó.

 

Qua | 13.01.21

bons enganos

 

Hoje deixo uma sugestão de acompanhamento que fez furor nas refeições do Natal e fim de ano. Não fui eu que a descobri mas sim a minha irmã que se enganou a temperar umas batatas e usou caril em vez do que queria usar. O que é certo é que ficaram maravilhosas! E por isso, logo que pude, voltei a fazer.

Usei uma mistura de caril extra picante com coentros em pó e colorau em pó. E usei uma mistura de batatas com batata-doce.

E para quem estiver a fazer o desafio de comer vegetariano ou vegan no mês de Janeiro, esta receita assenta na perfeição.

 

Batatas no forno com Caril

 

IMG_20210101_112543.jpg

(antes de ir ao forno)

 

750 grs de batatas e batatas-doces

1 colher de chá de caril em pó

1 colher de chá de coentros em pó

1 colher de chá de colorau em pó

Sal q.b.

2 colheres de sopa de azeite

 

Descascar e cortar as batatas e batatas-doces em bocados pequenos. Envolvê-las no azeite e de seguida polvilhar com as especiarias. Misturar bem com as mãos e pôr num tabuleiro de ir ao forno (usei um de barro, pequeno).

Levar ao forno por cerca de uma hora até estarem douradas.

Servir como acompanhamento.

 

Ter | 12.01.21

vejamos...

 

Esta combinação é excelente, se gostam de salmão defumado, aqui fica mesmo bem!

Experimentem, aproveitem para fazer um dia ao jantar já que se faz muito rápido.

 

Quiche de Alho-francês e Salmão Defumado

 

IMG_20201212_182851.jpg

 

1 embalagem de massa folhada

Azeite q.b.

1 alho-francês

1 embalagem de cogumelos Pleurotus

3 hastes de cebolinha

1 raminho de salsa

100 grs de salmão defumado

3 ovos

100 grs de iogurte grego

100 grs de natas

Sal e Pimenta a gosto

 

Aquecer o forno.

Cortar o alho-francês em rodelas e saltear no azeite, juntar os cogumelos, duas hastes de cebolinha em rodelas (pode-se substituir por cebolinho) e salsa picada. Temperar a gosto com sal e pimenta e reservar.

Estender a massa numa tarteira e por cima pôr o alho-francês e os cogumelos salteados e a restante cebolinha. Espalhar também o salmão defumado em bocados sobre a tarteira.

Bater os ovos com o iogurte e as natas e temperar a gosto. Deitar sobre a mistura na tarteira e levar ao forno por cerca de 30 minutos.

Servir com uma beterraba em picles e azeitonas.

 

Sex | 08.01.21

aquecimento global

 

Eu sei que toda a gente está a pensar que devia era fazer dieta mas este frio, senhores! Este frio não deixa.

E para nos mantemos quentinhos, nada como um chocolate quente. Este leva Rum, que não fizemos mal a ninguém para suportar tamanho gelo.

Aproveitem e digam se não tenho juízo.

 

Chocolate quente com Rum

 

IMG_20201223_184651.jpg

 

250 ml de leite

1 colher de sopa de cacau em pó

50 grs de chocolate negro

1 colher de chá de açúcar amarelo

50 ml de rum

Canela em pó

 

Aquecer o leite até quase ferver. Retirar 50 ml para fazer espuma. Ao restante leite juntar o cacau, o açúcar e o chocolate negro e mexer bem até estar sem grumos.

Juntar o rum e deitar numa caneca.

Com o restante leite fazer espuma (pode ser com a varinha mágica) e pôr sobre o chocolate quente. Polvilhar com canela.