Coco
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Do coco convém saber que é rico em gorduras saturadas. Sim, daquelas de que normalmente fugimos a sete pés.
Só que no caso do coco são gorduras saturadas das boas, ajudam a baixar o colesterol e até ajudam a emagrecer, que isto da natureza ser madrasta nem sempre se aplica.
Ora vejamos: o coco é muito rico em dois tipos de substâncias - ácido láurico {ou dodecanoico} e ácido monolauril - que, como são de digestão rápida, transformam-se logo em energia e assim não se juntam em grupinhos aos quais acabamos por chamar pneus…
Além disso, têm funções anti inflamatórias ao nível das células, protegem o coração, aumentam o colesterol bom (HDL) e combatem fungos e vírus. São autênticos ácidos guerreiros!
O coco também é riquíssimo em vitaminas e minerais como potássio, ferro, zinco, cálcio, cobre, fósforo, etc.
O coco deve ser consumido no estado maduro seco pois é a fruta madura que tem estas propriedades todas.
Tanto vale se é o fruto, apenas a polpa ralada, leite de coco, creme de coco, óleo de coco, qualquer um serve embora seja diferente a quantidade de calorias que cada um apresenta: 20 ml de leite de coco por exemplo têm 50 calorias ao passo que uma colher de sopa de óleo de coco tem 90 calorias.
Se comprarmos coco no supermercado, devemos abanar para ouvir se tem água, quanto mais chocalhar a água lá dentro, melhor é a polpa, que deve ser branca como a neve.
A água é bebível, até é considerada uma bebida isotónica natural e com a polpa ralada podemos fazer leite de coco, basta misturar em água quente, deixar repousar e coar. Da primeira vez que se coa o leite sai mais grosso e se misturarmos mais água à polpa sobrante vamos tendo um líquido mais fino de cada vez que o fizermos.
Pode-se congelar o coco, como fiz com este da foto e ir gastando quando precisarmos pois tem tendência a rançar com o tempo.
Para partir a casca grossa que tem à volta, o melhor não é atirá-lo ao chão (ou à cabeça de alguém, já agora) porque se parte e a água acaba por se perder toda no chão. A maneira que uso, infalível, é ir dando com um machado à volta da casca, acaba por se partir em duas metades e o coco fica inteirinho.
Mas se estiverem grrrrrrrrrrrrrr… mandem-no ao chão!
E já agora, diz-se coco e não côco.
O termo "coco" foi desenvolvido pelos portugueses no território asiático de Malabar, na viagem de Vasco da Gama à Índia (1497-1498), a partir da associação da aparência do fruto, visto da extremidade, em que o endocarpo e os poros de germinação assemelham-se à face de um "coco" (monstro imaginário com que se assusta as crianças; papão; ogro), conforme conta o historiador João de Barros no seu livro Décadas da Ásia (1563) "[...]por razão da qual figura, sem ser figura, os nossos lhe chamaram coco, nome imposto pelas mulheres a qualquer coisa, com que querem fazer medo às crianças, o qual nome assim lhe ficou, que ninguém lhe sabe outro, [...]." 2 . Do português o termo passou ao espanhol, francês e inglês "coco", ao italiano "cocco", ao alemão "Kokos" e aos compostos "coconut", inglês, e "Kokosnuss", alemão. (fonte wikipedia)