perishable thoughts
Já ouviram falar de óleo de Argão? Talvez associado à cosmética, em produtos para a pele, cabelo ou unhas.
Mas o óleo de Argão também é usado na culinária marroquina e é um bem muito precioso. É uma industria centenária gerida por mulheres berberes que se juntam em cooperativas e fazem a apanha do fruto da árvore Argania spinosa e extracção manual deste poderoso óleo, conseguindo assim oportunidade de trabalhar e de ter alguma independência monetária. A árvore, copnsiderada espécie protegida pela UNESCO, faz parte da Reserva Internacional da Biosfera desde 1999.
Estas mulheres que fazem a apanha das sementes de argão têm que as partilhar com as cabras que normalmente sobem às árvores e comem estas pequenas ‘nozes’, que são riquíssimas em vitamina E, antioxidantes e ácidos gordos, nomeadamente o ácido linoleico (ou Omega 6).
O óleo que é usado na culinária é feito a partir das sementes torradas (ao contrário do que é usado em cosmética, que é cru) e tem uma aparência sedosa, um cheiro leve a frutos secos e um sabor maravilhoso. Perde as suas qualidades a altas temperaturas pelo que é melhor usado sem cozinhar, para temperar saladas, sopas ou saltear legumes rapidamente. Em Marrocos também é comido ao pequeno almoço com pão, uma taça de óleo de argão e pão para molhar e comer… *suspiro*
Pode-se encontrar em lojas da especialidade (atenção que os ingredientes devem ser 100% óleo de argão), é caro, daí o epíteto de ‘Ouro de Marrocos’ e a minha garrafinha, que muito estimo, comprei-a este ano na Viagem Medieval de Santa Maria da Feira, a uns vendedores marroquinos que, apesar de se fazerem difíceis lá me venderam o óleo com um belo desconto… é o bom das feiras
Já sabem, com o Natal à porta, podem bem pôr esta preciosidade na vossa lista para o menino Jesus…
Ouro de Marrocos